Restaurantes
Covid-19: Associação quer fim dos autotestes e unidades de saúde à porta dos restaurantes
A PRO.VAR – Associação Nacional de Restaurantes pediu hoje, no Porto, ao Governo a eliminação imediata dos autotestes à covid-19 e quer unidades fixas e móveis de saúde à porta dos restaurantes a fazer testes PCR.
Em conferência de imprensa, a PRO.VAR explicou que a sugestão ao executivo liderado por António Costa passa pela colaboração das câmaras municipais e a Direção-Geral da Saúde “para a colocação de unidades fixas e móveis de saúde à porta dos restaurantes para a implementação de testes PCR”.
No mesmo momento, a associação quer também a reposição do direito dos restaurantes de estarem abertos de segunda a sexta-feira até à meia-noite e o aumento da fiscalização a festas ilegais e ajuntamentos.
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Numa comunicação na véspera da reunião semanal do Conselho de Ministros, a associação deu conta de um questionário onde, entre várias conclusões, extraiu que “44,1% dos empresários se recusam a fazer autotestes, preferindo perder clientes do que terem que pagar uma multa de 10 mil euros”.
Segundo Daniel Serra, presidente da PRO.VAR, a “maioria dos empresários dizem-se assustados e impreparados” e “clientes e responsáveis dos restaurantes não sabem que procedimentos devem ter em relação aos testes”.
“Esperemos que o Governo arrepie caminho e faça algumas adaptações, para não perdermos mais um verão”, disse o responsável.
Voltando aos números, o dirigente notou que “em relação ao desempenho económico dos restaurantes deste ano (2021), face ao ano passado (2020), verificou-se no inquérito uma quebra acumulada acima dos 25%, em 69,29% dos restaurantes”.
O questionário, disse, decorreu entre os dias 11 e 13 de julho, com respostas válidas de 476 restaurantes associados da PRO.VAR, e mostrou que o “impacto das novas regras de controlo e testagem à entrada dos restaurantes, localizados em zonas de risco elevado e muito elevado, causou perdas de clientes próximas dos 90%”.
Sobre os apoios apresentados na quarta-feira pelo ministro da Economia, consideram-nos “importantes, mas ficaram muito aquém do que o setor precisa”.
Pedro Siza Vieira anunciou nessa data que o Estado vai garantir 25% do crédito sob moratória às empresas dos setores mais afetados pela pandemia que acordem com os respetivos bancos uma reestruturação da dívida após o final das moratórias, em 30 de setembro.
Neste contexto, a PRO.VAR quer um novo ‘lay-off’ simplificado e a redução do IVA na restauração, com aplicação de duas taxas, de 6% e 23%, sublinhando que com “o IVAUCHER anémico, esta seria a verdadeira medida que iria salvar o setor, de forma universal e democrática, sem excluir ninguém”.
Daniel Serra reiterou que “as empresas que eram viáveis antes da pandemia não podem fechar” e que “devem ser ajudadas de modo a que sobrevivam e possam voltar a ser viáveis e ajudar Portugal a crescer no pós-pandemia, como aconteceu no período pós-troika”.
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