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Portugal e Cabo Verde discutem cooperação na literacia mediática
Os governos de Portugal e Cabo Verde abordaram hoje a possibilidade de cooperação para a promoção da literacia mediática, um ponto que os dois executivos poderão “vir a desenvolver em conjunto”.
“A nível dos governos falámos na hipótese de poder haver aqui uma grande iniciativa e uma iniciativa conjunta precisamente para a área da literacia mediática, que é uma coisa que poderemos vir a desenvolver em conjunto”, afirmou à Lusa o secretário de Estado do Cinema, Audiovisual e Media de Portugal, Nuno Artur Silva, após uma reunião com o secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro de Cabo Verde, Lourenço Lopes.
Após o encontro, que decorreu no Palácio da Ajuda, em Lisboa, o governante cabo-verdiano saudou a abertura do Estado português para partilhar, com Cabo Verde, “questões importantes que têm a ver com o combate, por exemplo, às ‘fake news’, à desinformação, através de programas que são hoje desenvolvidos” em Portugal.
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“Essa partilha é importante porque, como tenho dito, a informação é também um bem de primeira necessidade. É importante para a cidadania, é importante para o reforço da democracia, para o desenvolvimento, e, à semelhança de Portugal, iremos também apostar na literacia mediática, para que os cidadãos, num quadro de pluralismo de diversidade, possam estar a todo o tempo em condições de escortinar, com qualidade, com dignidade, aquilo que é o produto que lhes é oferecido pelas televisões, pelas rádios e jornais”, sublinhou Lourenço Lopes.
O responsável cabo-verdiano considerou que Portugal é “um bom exemplo nessa matéria para Cabo Verde”, tal como em áreas como segurança ou saúde.
Já Nuno Artur Silva disse ser importante realçar a ideia comum de que “a defesa do jornalismo é absolutamente vital para as democracias”.
O secretário de Estado português registou que o encontro com Lourenço Lopes ocorreu no dia em que se assinalam 200 anos da promulgação da primeira Lei da Imprensa em Portugal, em 12 de julho de 1821, uma “lei, na altura, bastante avançada para o seu tempo e que, desde logo, estabelecia que não havia censura prévia”.
O governante português assinalou também que há uma “grande sintonia” no apoio para os projetos jornalísticos “sem que isto tenha qualquer tipo de promiscuidade e de ingerência naquilo que deve ser a independência, o pluralismo e a liberdade dos jornalistas para fazerem o seu trabalho e para tornar as democracias mais fortes”.
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