Política

Chega diz que “amigo” de Luís Filipe Vieira não deve liderar Banco de Fomento

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 11-07-2021

O partido Chega defendeu hoje que o banqueiro Vítor Fernandes “não tem condições” para liderar o Banco de Fomento, lembrando as ligações a Luís Filipe Vieira e a Armando Vara e o “interesse público” desta entidade financeira.

“Face às notícias vindas a público nos últimos dias, parece evidente que Vítor Fernandes não tem condições para assegurar qualquer cargo executivo no Banco de Fomento, sobretudo tendo em conta as funções de natureza pública e de interesse público daquela organização”, refere-se no comunicado do Chega.

“Para além das ligações à operação Cartão Vermelho, são notórias as conexões a Armando Vera, também elas altamente desaconselhadas”, acrescenta-se no texto, que defende que o banqueiro não chegue a ocupar o cargo para o qual foi proposto pelo Executivo.

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“Por tudo isto, o Chega reitera ao Governo a imperiosa necessidade de assegurar que Vítor Fernandes cessa de imediato qualquer função executiva no Banco de Fomento ou em qualquer instituição bancária, sendo esta a única forma de garantir que não assistiremos no futuro próximo a uma desestabilização ainda maior do sistema bancário e financeiro”, conclui-se na nota hoje enviada às redações.

O comunicado do Chega surge no mesmo dia em que o Bloco de Esquerda (BE) criticou o Governo por nomear Vítor Fernandes para a liderança do Banco do Fomento, lembrando as alegadas ligações do responsável ao presidente suspenso do Benfica, Luís Filipe Vieira, assim como a Iniciativa Liberal, que defendeu hoje que Vítor Fernandes não tem condições para desempenhar as funções.

Luís Filipe Vieira, que entretanto se autossuspendeu do exercício dessas funções, foi um dos detidos na quarta-feira no âmbito da operação Cartão Vermelho, que investiga suspeitas de crimes de abuso de confiança, burla qualificada, falsificação, fraude fiscal e branqueamento de capitais. 

Enquanto arguido, foram-lhe aplicadas como medidas de coação a prisão domiciliária até à prestação de uma caução de três milhões de euros, a proibição de sair do país, com a entrega do passaporte, e de contactar com os outros arguidos do processo, à exceção do filho, e ainda, entre outros, com Vítor Fernandes.

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