Desporto

Cartão Vermelho: Direção do Benfica vai reunir-se nas próximas horas

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 anos atrás em 09-07-2021

A direção do Benfica vai reunir-se para decidir os “próximos passos” depois do presidente do clube, Luís Filipe Vieira, ter anunciado a suspensão de funções, após ser suspeito na operação ‘Cartão Vermelho’, disse hoje à Lusa fonte do clube.

Segunda a mesma fonte, a reunião da direção vai decorrer “nas próximas horas” para “deliberar os próximos passos”.

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Luís Filipe Vieira comunicou hoje a suspensão “com efeitos imediatos” do exercício de funções como presidente do Benfica.

“O Benfica está primeiro, perante os eventos dos últimos dias, no âmbito da operação ‘Cartão vermelho’, em que sou diretamente visado, e enquanto o inquérito em curso puder constituir um fator de perturbação, suspendo, com efeitos imediatos, o exercício das minhas funções como presidente do Sport Lisboa e Benfica, bem como de todas as participadas do clube”, comunicou o advogado de Luís Filipe Vieira, à porta do Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC).

O dirigente dos ‘encarnados’ apelou ainda “a todos os benfiquistas para que se mantenham serenos na defesa do bom nome da grande instituição que é o Benfica”.

O advogado Magalhães e Silva, que representa Luís Filipe Vieira, sublinhou que uma suspensão do exercício de funções não significa uma renúncia ao cargo, com a decisão a ser comunicada “em simultâneo à comunicação social e às estruturas interessadas”.

O empresário e presidente do Benfica Luís Filipe Vieira, de 72 anos, foi um dos quatro detidos na quarta-feira numa investigação que envolve negócios e financiamentos superiores a 100 milhões de euros, com prejuízos para o Estado e algumas sociedades.

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Segundo o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) estão em causa factos suscetíveis de configurar “crimes de abuso de confiança, burla qualificada, falsificação, fraude fiscal e branqueamento de capitais”.

Para esta investigação foram cumpridos 44 mandados de busca a sociedades, residências, escritórios de advogados e uma instituição bancária em Lisboa, Torres Vedras e Braga. Um dos locais onde decorreram buscas foi a SAD do Benfica que, em comunicado, adiantou que não foi constituída arguida.

No mesmo processo foram também detidos Tiago Vieira, filho do presidente do Benfica, o agente de futebol Bruno Macedo e o empresário José António dos Santos, conhecido como “o rei dos frangos”.

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