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Impacto de raios matou 34 pessoas no Nepal desde abril
Pelo menos 34 pessoas morreram e 113 ficaram feridas no Nepal desde meados de abril devido ao impacto de raios que acompanham as fortes chuvas que estão a cair no país, indicaram hoje as autoridades nepalesas.
As duas últimas mortes registaram-se quinta-feira, indicou à agência noticiosa espanhola Efe o diretor da Autoridade Nacional de Gestão de Riscos e Desastres nepalês, Anil Pokhrel, que adiantou que o Nepal tem sido palco frequente de óbitos causados por aquele que é um dos principais acidentes naturais no país.
“Em média, morrem cerca de 100 pessoas por ano apenas em incidentes com raios”, acrescentou.
Os dados oficiais entre 2011 e 2018 indicam que, ao longo desses sete anos, 773 pessoas morreram e 1.695 ficaram feridas devido ao fenómeno.
No mesmo período, também segundo os dados oficiais, outros acidentes provocados pelas fortes chuvas, como deslizamentos ou inundações, provocaram, respetivamente, 730 e 655 mortes.
“As vítimas anuais de desastres naturais mostram que os raios são a maior causa de morte no país”, adiantou Pokhrel, salientando que o Nepal é o quarto Estado com maior risco de impacto dos raios.
Na temporada que antecede as monções é normal um aumento repentino dos acidentes com fortes tempestades de vento, geralmente acompanhadas por trovoadas, que ocorrem maioritariamente ao fim do dia e à noite.
Em 2017, numa tentativa para minimizar as perdas humanas e danos materiais, o Governo nepalês criou nove centros de deteção de raios nas zonas mais afetadas. No entanto, alguns destes centros estão sem funcionar, admitiu Pokhrel.
O Nepal ocupa uma área de 147.181 quilómetros quadrados (cerca de uma vez e meia a de Portugal), que inclui parte do sistema montanhoso dos Himalaias, no norte, a extensas planícies, no sul.
No contexto desta geografia, o Nepal é propenso a riscos relacionados com a diversa topografia e condições climáticas.
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