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Coimbra: Asteroide tem nome de astrofísico português Nuno Peixinho

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 21-06-2021

O astrofísico português Nuno Peixinho dá nome a um asteroide, descoberto em 1998 e que tem pouco mais de 10 quilómetros de diâmetro, anunciou hoje o Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA), onde é investigador.

Anteriormente designado (40210) 1998 SL56, o asteroide passa a chamar-se (40210) Peixinho, por decisão do Grupo de Trabalho para a Nomenclatura de Pequenos Corpos da União Astronómica Internacional (UAI).

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Descoberto em 16 de setembro de 1998, numa campanha de observações do Observatório de Lowell, nos Estados Unidos, o asteroide Peixinho pertence à Cintura de Asteroides, entre as órbitas de Marte e Júpiter, e orbita o Sol a uma distância média três vezes superior à que separa o Sol e a Terra, completando uma órbita em cerca de 5,3 anos.

Nuno Peixinho, igualmente astrofísico da Universidade de Coimbra, é o único português de uma extensa lista de nomes de cientistas que foram atribuídos em junho a pequenos corpos celestes pela UAI, dirigida pela astrónoma portuguesa Teresa Lago.

O asteroide Peixinho “é o tipo de asteroide que, se viesse em direção à Terra, poderia causar um evento de extinção em massa”, assinala em comunicado o IA.

“Saber que há agora aí pelo espaço um asteroide com o mesmo tamanho daquele que, presumivelmente, ao colidir com a Terra há 66 milhões de anos levou à extinção em massa do Cretáceo-Paleogeno, onde se incluem os famosos dinossauros… deixa-me sem palavras”, comentou, citado no comunicado, o astrofísico português, especialista na caracterização física e química de pequenos corpos do Sistema Solar.

Segundo o IA, existem pouco mais de um milhão de pequenos corpos do Sistema Solar catalogados, cerca de meio milhão já têm designação permanente, mas só 22.505 têm nome.

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Pequenos corpos do Sistema Solar “é a designação genérica para asteroides, corpos gelados (como cometas e objetos transneptunianos) e satélites destes”.

Inicialmente, um destes corpos “recebe uma designação provisória de acordo com uma fórmula bem definida que envolve o ano da descoberta, duas letras e, se necessário, outros algarismos”.

Depois, “quando a sua órbita se encontra suficientemente bem determinada, o corpo recebe uma designação permanente, que consiste em acrescentar um número à designação provisória”.

No fim, sob proposta dos autores da descoberta do pequeno corpo celeste, o Grupo de Trabalho para a Nomenclatura de Pequenos Corpos da UAI atribui um nome.

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