Desporto

Um discreto Elfyn Evans estreou-se a vencer o Rali de Portugal

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 23-05-2021

O discreto galês Elfyn Evans (Toyota Yaris) assegurou hoje a sua primeira vitória no Rali de Portugal e a quarta no Mundial, impondo-se ao espanhol Dani Sordo (Hyundai i20) e ao seu companheiro de equipa, o francês Sébastien Ogier.

Aos 32 anos, Elfyn Evans venceu esta que é a quarta de 12 etapas do campeonato do mundo (WRC), numa temporada de regresso à normalidade após o caos provocado pela pandemia de covid-19, que levou ao cancelamento de 10 provas em 2020, entre as quais o Rali de Portugal.

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O filho do antigo campeão britânico de ralis, Gwyndaf Evans, chegou a Portugal na terceira posição do campeonato, com 51 pontos, a dez do seu companheiro de equipa, Sébastien Ogier, e com o sabor amargo da derrota na prova anterior, na Croácia, por apenas 0,6 segundos.

Desde 2016, com o irlandês Kris Meeke (Citroën C3), que um britânico não vencia a prova lusa, mas Evans já tinha sido segundo em 2018.

Evans foi também o primeiro a vencer o Rali da Grã-Bretanha, em 2017, naquele que foi o seu primeiro triunfo na categoria máxima de ralis, então ao volante de um Ford Fiesta, tendo Daniel Barritt como navegador.

O galês só voltou aos triunfos em 2020, na Suécia e na Turquia, já coadjuvado por Scott Martin, sendo o único a bisar durante a temporada, enquanto as outras vitórias foram conquistadas por Neuville, a abrir, no Mónaco, Ogier, no México, Tänak, na Estónia, e pelo espanhol Dani Sordo (Hyundai i20), na Sardenha.

Evans começou no campeonato de ralis F1000, em 2006, num Nissan Micra, seguindo-se a competição Fiesta Sporting Trophy, que venceu em 2008 e 2010, depois do terceiro lugar em 2007.

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A internacionalização ocorreu em 2012, quando conquistou o título de jovem piloto da Federação Internacional do Automóvel (FIA) e a WRC Academy Cup, rumando à equipa M-Sport, de Malcolm Wilson, para disputar o WRC 2, acabando por se estrear na categoria principal.

A primeira vez de Evans ocorreu no Rali da Sardenha de 2013, substituindo Nasser Al-Attiyah, num desafio lançado dois dias antes da prova, com um novo copiloto, que culminou com um sexto lugar. Alinhou noutros quatro ralis, conseguindo um sexto posto na Alemanha e um oitavo no País de Gales.

Seguiu-se um dos Ford Fiesta da M-Sport no WRC, que conduziu aos oitavo e sétimo lugares do Mundial, em 2014 e 2015, respetivamente, sendo, novamente, relegado para o WRC 2 em 2016, em benefício de Mads Ostberg e Eric Camilli, terminando no terceiro lugar do campeonato secundário.

O regresso em pleno ao WRC ocorreu em 2017, quando falhou por menos de um segundo o primeiro triunfo na Argentina, ao ser batido por Neuville, por 0,7 segundos. Repetiu o segundo lugar na Finlândia e chegou à primeira vitória em ‘casa’, no Rali da Grã-Bretanha.

O quinto lugar alcançado em 2017 seria repetido em 2019, depois do sétimo posto em 2018, acostumando-se aos lugares de pódio, com o segundo lugar em Portugal e os terceiros em Espanha, México e França.

A mudança para a Toyota em 2020, que também contratou Ogier, colocou-o definitivamente na rota do sucesso, com os triunfos na Suécia e na Turquia, e uma regularidade impressionante, com o terceiro lugar no Mónaco e os quartos nos outros três ralis, perdendo o campeonato na derradeira ronda, em Monza (Itália).

Discreto e inspirado pelo pai, Evans apresenta-se no seu sítio oficial na Internet, no qual assume preferir “a natureza do País de Gales ao estilo de vida de uma superestrela no Mónaco”.

“Mas não se deixem levar pela modéstia, é competitivo como qualquer outro piloto do WRC e tem um objetivo: ser campeão do mundo”, advertiu.

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