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Seia: Deputados do PS questionam Governo sobre casa degradada na Serra da Estrela
Os deputados do PS eleitos pelo círculo eleitoral da Guarda questionaram o Governo sobre a possível recuperação de uma casa na Serra da Estrela, que está degradada, para fins turísticos e venda de artesanato e produtos regionais.
A casa, que está localizada junto da Ponte de Cabaços, na área da freguesia do Sabugueiro, no concelho de Seia, entre o cruzamento da estrada de acesso à mais alta freguesia do país e o cruzamento do Vale do Rossim, junto do Mondeguinho, a nascente do rio Mondego, foi outrora usada como abrigo pelos trabalhadores da antiga Junta Autónoma das Estradas.
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Segundo os deputados Santinho Pacheco e Cristina Sousa, o edifício situa-se junto da Estrada Nacional (EN) 232, uma das principais vias de acesso ao maciço central da Serra da Estrela, servindo diretamente Gouveia e Manteigas.
Ao longo do percurso da EN 232, “a vista sobre o Vale do Mondego, de Celorico da Beira a Oliveira do Hospital, do Caramulo à Serra da Lapa e Trancoso, é verdadeiramente deslumbrante”, relatam.
Os socialistas acrescentam que “não há nessas dezenas de quilómetros povoações ou construções de qualquer tipo, salvo duas exceções: a linha de engarrafamento da Água Serra da Estrela e três imóveis em granito” (outrora usados como abrigo pelos trabalhadores da ex-Junta Autónoma das Estradas).
Uma dessas casas, propriedade do Parque Natural da Serra da Estrela (PNSE), fica junto à Ponte de Cabaços, na área da freguesia do Sabugueiro, Seia, e, sublinham, é de “uma beleza arquitetónica digna de registo”.
“Quem por ali passa não deixa de se interrogar: como é possível deixar funcionar verdadeiras barracas de feira, inestéticas e sem o mínimo de condições higiénicas e de conforto para os comerciantes e clientes e não recuperar a casa da Ponte de Cabaços e adaptá-la a fins turísticos?”, questionam os deputados.
Na pergunta dirigida ao ministro do Ambiente e Ação Climática, através da Assembleia da República, Santinho Pacheco e Cristina Sousa lembram que, na década de 1990, o PNSE chegou a recuperá-la e a dar-lhe todas as condições para o serviço público, mas “o abandono e a localização isolada no meio da serra levaram à vandalização do espaço”.
Os parlamentares consideram que “aquilo não está bem” e admitem que a Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela “pode ter ideias de interesse na sua recuperação”.
No documento, Santinho Pacheco e Cristina Sousa perguntam ao Ministério do Ambiente se conhece a situação de degradação do imóvel referido, qual é a informação transmitida pelo PNSE/Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, e “se há alguma proposta de utilização para aquela casa”.
“Negociar o imóvel com privados ou cedência à Comunidade Intermunicipal e/ou Câmaras de Seia e Gouveia, com obrigatoriedade de servir como casa comercial de artesanato e produtos genuínos e típicos da Serra da Estrela, pode ser uma solução e uma saída para uma situação que nos deixa ficar mal há demasiado tempo”, rematam.
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