Coimbra

A dança de Camilla Morello regressa a Coimbra

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 11-05-2021

O Linha de Fuga apresenta URNA – CeAtchim! Ne Pàs! Un SssspeTaque!le, um solo de dança de Camilla Morello, no dia 27 de maio, quinta-feira, pelas 19h00, na Oficina Municipal do Teatro em Coimbra. O espetáculo integra a programação do Ciclo de Teatro e Artes Performativas Mimesis e a reserva de bilhetes (com preços que variam entre os 4 e os 10 euros) pode ser efetuada aqui.

Camilla Morello foi uma das artistas selecionadas para a edição de 2018 do Laboratório Internacional Linha de Fuga, com o projeto URNA, então numa fase embrionária.

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Formada em interpretação pela Scuola Nazionale di Cinema, em Roma, licenciada em Antropologia pela Universidade La Sapienza e Université 8, Paris, Camilla Morello estudou com Jean-Paul Denizon, Olga Roriz, Francisco Camacho, Vera Mantero, João Fiadeiro, João Garcia Miguel, Thomas Hauert, Miguel Pereira, Sergi Fäustino e Rui Catalão. Trabalhou com Miguel Moreira, Tamara Cubas, Miguel Pereira, Catarina Câmara, Lucía Nacht, Maurícia Neves, Dinarte Branco, Mickaël de Oliveira e Nuno M. Cardoso.

Durante a residência de criação e formação no Linha de Fuga, para lá da participação nas oficinas e das sessões individuais de trabalho, o processo em curso teve uma apresentação pública. E conforme objetivo do Laboratório, promoveu-se um permanente confronto da participante, do projeto e das práticas artísticas, num processo de trabalho coletivo e participado. O Linha de Fuga continuou a acompanhar e a apoiar o projeto, que entretanto estreou no Teatro Municipal Campo Alegre (Palcos Instáveis 2020) e agora regressa à cidade onde começou para apresentação da peça terminada.

URNA é um solo que reflete sobre a relação entre o ser humano e a sua identidade social, sobre a sobrevalorização da consciência e sobre o corpo como produto objetificado. Como é que se desconstrói o indivíduo informado cultural e socialmente, depois de entrar no loop das suas próprias cegas convicções? URNA é a oportunidade não aproveitada, perdida para sempre num não-tempo longínquo. É a perda de perguntas significativas e a obsessão por respostas tranquilizadoras e efémeras. Urna é o que sobra depois da curiosidade, que se torna opressão, que cede lugar ao cacofónico redundante, que por sua vez cede o lugar ao absurdo, que cede o lugar ao vazio, que cede o lugar a novas possibilidades, que geram outras curiosidades. E assim por diante para sempre. O que sobra é um loop; movimentos, palavras, símbolos esvaziados de significado, repetem-se até ao ridículo para podermos refletir acerca da urgência de reduzir (ou elevar?) o ser humano à besta rendida.

A apresentação de URNA em Coimbra é apoiada pela Reitoria da Universidade de Coimbra, no âmbito do Ciclo de Teatro e Artes Performativas Mimesis, e o Teatrão/Oficina Municipal do Teatro.

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