Governo

Governo aponta à redução de 50% de mortes precoces por cancro até 2030

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 03-05-2021

O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, manifestou hoje a expectativa de que a Europa possa reduzir em metade o impacto das mortes precoces por cancro até ao final desta década.

“O objetivo é mobilizarmos os centros para o cancro para que, no fim desta década, em 2030, possamos garantir que 75% dos doentes diagnosticados com cancro tenha uma sobrevivência de longo prazo, pelo menos de 10 anos, e isto significa reduzir mortes precoces por cancro em cerca de 50%”, disse o governante na Cimeira Europeia de Investigação na Área do Cancro 2021, no âmbito da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia (UE).

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No discurso efetuado na iniciativa organizada pelo Porto Comprehensive Cancer Center (P.CCC), um consórcio entre o Instituto Português de Oncologia do Porto e o i3S – Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto, o governante apelou a uma “ação coletiva” a nível europeu para “uma abordagem abrangente na investigação transnacional no cancro” e defendeu a valorização das infraestruturas nesta área científica.

“Isso só pode ser feito se fortalecermos as redes europeias de centros de cancro através de três tipos básicos de infraestruturas de investigação: infraestruturas de investigação transnacional, infraestruturas para investigação clínica e ensaios e, por fim, infraestruturas em investigação de resultados”, notou.

Com um alerta para a existência de uma dezena de estados-membros da UE sem uma rede plenamente integrada de centros para o cancro, Manuel Heitor vincou o aspeto crítico do desenvolvimento destas redes, na medida em que considerou a investigação transnacional como “uma ponte crítica entre investigação básica e a investigação clínica”.

“E isto pode ser obtido em países e regiões com sistemas de saúde bem desenvolvidos, mas a nossa meta é tornar isto possível em toda a Europa e todas as regiões, não deixando ninguém para trás”, referiu, valorizando a Declaração do Porto sobre Investigação do Cancro hoje apresentada na cimeira e que fixa as metas ambiciosas para a melhoria da investigação e dos resultados na área oncológica.

Seguindo a mesma linha de raciocínio, a comissária europeia para a Inovação, Investigação, Cultura, Educação e Juventude, Mariya Gabriel, salientou a necessidade de “combinação de esforços” para uma resposta mais efetiva aos desafios na área do cancro e anotou o impacto que a covid-19 causou na investigação científica nesta patologia.

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“Temos consciência de que a covid-19 enfraqueceu a investigação e redes no cancro. Temos agora de as recuperar”, frisou a responsável da Comissão Europeia, continuando: “O objetivo da missão para o cancro é ter até 2030 mais de três milhões de vidas salvas, com as pessoas a viverem mais tempo e melhor”.

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