Escolas
PS diz que Governo é estalinista
A Concelhia de Coimbra do Partido Socialista considera que a inusitada decisão unilateral do governo que implica o encerramento de 5 escolas no concelho de Coimbra (Escola Básica de Cidreira, Escola Básica de Botão, Escola Básica de Lordemão, Escola Básica de Paço e Escola Básica de Vil de Matos) e outras 306 no país é um preocupante sinal de estalinismo envernizado por parte do Ministro da Educação que tendo desprezado a via do diálogo, se acha no domínio absoluto da “verdade” de único e legítimo intérprete da realidade, prosseguindo imperturbável com as suas reformas de pensamento único, pelo que emitiu um comunicado onde se pode ler que:
Tendo a Câmara Municipal de Coimbra, aprovado por unanimidade, na passada reunião do executivo de dia 9 de Junho, a posição de que qualquer reordenamento da rede escolar deveria respeitar 3 princípios:
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a) Consideração pelo processo em curso de revisão da Carta Educativa Municipal, de forma a valorizar os projetos educativos locais de cada comunidade e agrupamento;
b) Transferências de alunos apenas e quando asseguradas na íntegra vantagens substantivas para os alunos, devidamente consensualizadas com as respetivas comunidades escolares e autarquia;
c) Timing racional de início de um verdadeiro processo de diálogo para o reordenamento que permita à autarquia acomodar no seu orçamento recursos necessários ao conforto dos alunos no processo de transferência;
e atendendo a que nenhum dos mesmos fundamenta a decisão agora conhecida, o PS/Coimbra apenas pode repudiar o inqualificável desrespeito do Ministério da Educação pelos projetos educativos do nosso concelho, pela dedicação e resiliência da classe docente, pelos encarregados de educação e pela autonomia e responsabilidade do poder autárquico em Coimbra.
Este processo de reordenamento além de ter desprezado tudo e todos, continua a não esclarecer os seus verdadeiros fundamentos, se teve em consideração ou não a crescente migração de alunos do setor privado para o público, devido à crise social que as famílias atravessam, se as cartas educativas municipais são ou não para respeitar, entre outros fatores que não cabem nas reformas de pensamento único do Ministro da Educação.
Por último, desafiamos, uma vez mais, o PSD/Coimbra a mostrar algum caráter e dignidade política e em nome de Coimbra, fazer ouvir-se no governo do seu partido, em particular no Ministério da Educação. Já ninguém tolera este jogo infantil de “poker político” do PSD/Coimbra que se encolhe em silêncios virgens e se esconde em sombras ingénuas para tacitamente se demarcar do líder do seu partido e dos desastres que o mesmo impõe a Coimbra.
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