Saúde
Associação de Discotecas considera ser o momento para reabrir espaços ao ar livre
A Associação Nacional de Discotecas (AND) considerou hoje ser já “o momento” para uma reabertura gradual dos espaços de diversão noturna e bares, fechados há mais de um ano devido à pandemia de covid-19.
Em declarações à Lusa, o presidente da AND, José Gouveia, reconheceu que hoje ainda não deverá haver “grandes alterações” quando forem apresentadas pelo Governo as medidas no âmbito da próxima fase de desconfinamento, mas “somente uma menção de que ainda não é o momento”.
“Na nossa análise que temos feito ao longo dos últimos meses, pensamos que este já é o momento para que, pelo menos de forma gradual, se faça a reabertura e que se acabe com este confinamento por parte das discotecas”, disse.
O empresário considerou que devem começar por reabrir os espaços ao ar livre, como os pequenos bares nos centros da cidade, dando como exemplo o Porto ou Lisboa (Cais do Sodré ou Bairro Alto).
“Os pequenos bares que albergam 30/40 pessoas podem reabrir de imediato. E os espaços de diversão noturna ao ar livre, quando estamos a falar de desporto ao ar livre, de concertos ao ar livre, de toda a parte cultural, espetáculos, etc., não faz sentido não haver espaços de diversão noturna ao ar livre abertos”, referiu.
O responsável frisou estar ciente de que a reabertura poderá implicar “algumas restrições”, exemplificando com os horários.
“Mas todas as restrições e medidas a tomar nesta matéria podem ser exequíveis para os empresários”, sublinhou.
Segundo José Gouveia, com a chegada do verão os estabelecimentos ‘indoor’ já terão também “espaço para abrir”.
“O importante é começar a abordar o tema junto da Direção-Geral de Saúde, junto de outras associações que já fizeram igualmente o apelo. É preciso encontrar consenso para começar, efetivamente, a retomar a atividade”, disse.
Os bares e as discotecas em Portugal continental encontram-se encerradas desde março de 2020, quando o primeiro caso de covid-19 foi diagnosticado no país e o presidente da República decretou o primeiro estado de emergência.
O Conselho de Ministros decide hoje as novas medidas de desconfinamento, esperando-se que a generalidade do continente avance para a quarta e última fase do plano de desconfinamento a partir de 03 de maio.
Em Portugal, já morreram 16.973 pessoas com covid-19 dos 835.563 casos de infeção confirmados, segundo a Direção-Geral da Saúde.
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