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Coimbra é “ponto de partida da nova Rede Portuguesa de Arte Contemporânea”
O Governo formalizou a criação da Rede Portuguesa de Arte Contemporânea e o cargo de curador da Coleção de Arte Contemporânea do Estado, foi hoje anunciado, após reunião do Conselho de Ministros.
Segundo o comunicado do Conselho de Ministros, foi aprovada “a resolução que cria a Rede Portuguesa de Arte Contemporânea e o curador da Coleção de Arte Contemporânea do Estado, que contribuiu para a implementação da estratégia nacional de arte contemporânea, assente na valorização da criação, produção e difusão artísticas e na criação de sinergias entre as diversas instituições públicas e privadas”.
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Para curador da Coleção de Arte Contemporânea do Estado foi anunciado, em fevereiro do ano passado, o antigo diretor do Museu do Chiado e ex-subdiretor-geral do Património Cultural David Santos, que tinha o seu início de funções no cargo previsto para março de 2020.
No final de junho do ano passado, a ministra da Cultura, Graça Fonseca, disse que a rede de centros de arte contemporânea será “um espaço natural para a circulação da coleção do Estado e das demais coleções nacionais e municipais, descentralizando o acesso à Cultura, disseminando a arte contemporânea, apoiando a criação e a produção artística e contribuindo para a formação, a criação e o aumento dos novos públicos”.
Em julho, viria a ser inaugurado em Coimbra um Centro de Arte Contemporânea para acolher a ex-coleção BPN (composta por perto de 200 obras de arte reunidas pelo ex-Banco Português de Negócios), adquirida no início de 2020 pelo Estado, por cinco milhões de euros.
“No nosso olhar sobre o território e sobre o país, faz falta um centro de arte contemporânea na região Centro, com escala e com capacidade para constituir um ‘nó’ numa rede que tem já espaços muito importantes Lisboa-Porto. Mas precisamos de criar outros núcleos com dimensão, para podermos ter uma rede de circulação a nível nacional”, afirmou Graça Fonseca.
Questionada sobre a possível abertura de outros centros de arte contemporânea no país na atual legislatura, a ministra respondeu positivamente, escusando-se então a avançar pormenores.
Na altura, Graça Fonseca recordou haver “neste momento vários centros de arte contemporânea”, mas que “nem sempre se pensa neles ou nem sempre são tão evidentes uns como os outros”, dando como exemplo o Museu Nadir Afonso, em Chaves.
“Coimbra é um exemplo que queremos multiplicar e projetar no futuro, não só na consolidação e desenvolvimento desta parceria, mas na forma como, a partir daqui, podemos lançar as bases para uma estratégia partilhada e participada de todos e para todos”, passando a cidade do Mondego a ser “ponto de partida da nova Rede Portuguesa de Arte Contemporânea”, frisou a ministra da Cultura.
Hoje, o Conselho de Ministros aprovou ainda “a resolução que visa reforçar as linhas orientadoras do Plano Nacional das Artes, alargando a sua área de intervenção ao ensino superior”.
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