Cidade

Igreja do Carmo em Coimbra é agora restaurada depois de sismos que levaram à sua degradação

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 11-03-2021

A Igreja do Carmo, situada na Rua da Sofia, vai ser alvo de uma intervenção com o objetivo de conservar o imóvel e o seu valor patrimonial. A ocorrência de sismos causaram a fissuração do alçado principal e as aberturas de juntas que se verificam em vários pontos das abóbadas, o que causou uma degradação desta igreja que está integrada na lista do Património Mundial da UNESCO numa série de colégios universitários de Coimbra situados na Rua da Sofia.

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

publicidade
publicidade

A intervenção pretende reparar e criar mecanismos de proteção que impeçam que o monumento possa sofrer danos e perdas irreparáveis, assim como garantir as condições para visitas e promoção turística da Igreja do Carmo.

PUBLICIDADE

A obra teve início durante o presente mês de março e a sua conclusão está prevista para março de 2022, com um investimento total de 203 970,00€, e um valor comparticipado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional de 140 108,44€.

A Igreja do Carmo foi mandada construir por Frei Brás de Braga a partir de 1536. De invulgar largura para a época, a Rua da Sofia é conformada por uma série de Colégios, que incluem o Colégio do Carmo, fundado em 1540, pelo bispo do Porto, D. Frei Baltasar Limpo. Serviu o propósito inicial de acolher os clérigos da diocese do Porto que viessem seguir os estudos em Coimbra, sendo depois doado pelo prelado aos frades da ordem dos Carmelitas Descalços.

O edifício já foi alvo de duas campanhas de obras, a primeira em que foi construído o noviciado, da autoria do arquiteto Diogo de Castilho, concluída em 1548 e, já na década de noventa, entre 1597 e 1600, por iniciativa do Bispo de Portalegre, D. Frei Amador Arrais, foram construídos a igreja e o claustro, por Francisco Fernandes.

Esta obra integra um conjunto de sete projetos que a Direção Regional de Cultura do Centro tem em curso financiados no âmbito do Programa Operacional Centro 2020, com um investimento de 4 milhões de euros em recuperação de património na Região Centro. Este investimento permite criar melhores condições de acesso a bens culturais através da reabilitação, conservação, restauro e valorização de diversos monumentos nacionais.

Dos projetos aprovados para Coimbra, encontram-se já em execução as obras do Mosteiro de Santa Clara-a-Velha e da Igreja do Carmo, as restantes serão iniciadas até ao final do primeiro semestre de 2021.

Suzana Menezes, Diretora Regional de Cultura, refere que “em 2022, a Região Centro terá ao seu dispor um património requalificado e com melhores condições para assegurar a salvaguarda e promoção de parte da sua história e identidade e, de igual modo, um património valorizado que irá contribuir para superar os desafios que se avizinham do ponto de vista do desenvolvimento e promoção territorial. No entanto, há ainda muito a fazer, porque a preservação e salvaguarda patrimonial é um trabalho continuado no tempo”.

O projeto consiste na intervenção de sete monumentos do distrito de Coimbra, o Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, o Mosteiro de Celas, a Igreja do Carmo, a Sé Nova, a Sé Velha, e ainda em Viseu, a Sé e o Mosteiro de Santa Maria de Maceira Dão, em Mangualde.

PUBLICIDADE

publicidade

PUBLICIDADE