Política

Menos pompa, menos afetos e nem um abraço na posse minimal de Marcelo

Notícias de Coimbra com Lusa | 4 anos atrás em 09-03-2021

A pandemia mudou a cerimónia de posse de Marcelo Rebelo de Sousa para o segundo mandato como Presidente no parlamento, onde hoje houve menos pompa, menos deputados e convidados, de máscara e afastados uns dos outros.

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As normas sanitárias obrigaram este ano a grandes mudanças na posse do Presidente “dos afectos” numa cerimónia minimalista, mas que manteve a tradição do hino tocado nos Passos Perdidos pela banda da GNR, mas viu ser reduzido de 500 para cerca de 20 o número de convidados relativamente à cerimónia de 2016. Dos 230 deputados, só 50 assistiram à sessão solene.

E se há cinco anos Marcelo esteve mais de 45 minutos a receber cumprimentos, no salão nobre da Assembleia da República, entre abraços e abracinhos, hoje tudo se resumiu a uns acenos de cabeça, durante cerca de 20 minutos.

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Tudo muito mais rápido e tudo à distância de dois passos, no Salão Nobre da Assembleia da República e sempre de máscara.

A fila formou-se nos Passos Perdidos, nem sempre cumprindo a distância entre as pessoas, e chegados junto a Marcelo e Ferro Rodrigues, cada um fazia uma espécie de vénia, à japonesa, com ou sem aceno de mão. Outros houve que, não podendo dar um aperto de mão, uniam as mãos, trocavam algumas palavras e avançavam para a porta da sala.

O que não mudou comparando com 2016 foi a chegada de Marcelo ao parlamento. Chegou a pé, mas, desta vez, não veio sozinho. Desceu a Calçada da Estrela, da antiga casa dos pais, acompanhado por jornalistas, que fizeram emissões em direto, nas TV e nas rádios.

A cerimónia de posse também tem os seus rituais, como a leitura da ata da assembleia de apuramento das eleições presidenciais de 24 de janeiro e o auto de posse.

E fica a saber-se, pela ata da assembleia de apuramento, que o eleito foi “o cidadão Marcelo Nuno Duarte Rebelo de Sousa”, mas que quem tomou posse foi “Professor Doutor Marcelo Nuno Duarte Rebelo de Sousa”, segundo o auto de posse.

Nas galerias abertas normalmente ao público estiveram esses 22 convidados, seguindo a lista do Protocolo do Estado, Procuradora, Provedora, chefes militares, o Núncio Apostólico, sozinho numa das galerias, os ex-Presidentes Ramalho Eanes e Cavaco Silva, e ainda três dos adversários de Marcelo nas eleições, Ana Gomes, Tiago Mayan Gonçalves e Vitorino Silva.

Mal saiu da tribuna de honra, Cavaco ainda se cruzou, e cumprimentou, nos Passos Perdidos, o núncio apostólico, mas já não seguiu até ao salão nobre para cumprimentar Marcelo Rebelo de Sousa pelo seu segundo mandato.

Os lugares marcados eram distantes uns dos outros, mas o tempo em que estiveram à espera da cerimónia (cerca de 30 minutos), tanto os deputados, no hemiciclo, como os convidados, nas galerias, iam-se juntando em pequenos grupos.

Algo que também não mudou nesta cerimónia foi a música. O hino, A Portuguesa, foi tocado quatro vezes. À chegada e à partida de Marcelo das escadarias do Palácio, pela banda da Marinha. Lá dentro, nos Passos Perdidos, antes do ato de posse e no final de cerimónia. Como sempre, foi a banda da GNR.

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