Política
PSD quer ouvir no parlamento entidades ligadas à fibrose quística e Infarmed
O PSD quer ouvir no parlamento várias entidades ligadas à fibrose quística e o Infarmed, de forma a esclarecer “dúvidas” sobre a não autorização em Portugal de novos fármacos para esta doença.
No requerimento hoje entregue, o grupo parlamentar do PSD pede a audição, na Comissão parlamentar de Saúde, da Associação Nacional de Fibrose Quística, da Associação Portuguesa de Fibrose Quística, do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte e do Instituto Nacional da Farmácia e do Medicamento.
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Os deputados do PSD referem no texto que, apesar de ao longo dos últimos cinco anos terem surgido novas terapêuticas para tratamento da fibrose quística, “lamentavelmente, as mesmas ainda não se encontram disponíveis em Portugal, razão pela qual não podem ser administradas no nosso país sem autorização expressa do Infarmed”.
“Acresce que, em 2019 surgiu um novo fármaco, que demonstrou melhorar significativamente o prognóstico da fibrose quística, diminuindo as exacerbações pulmonares, internamentos hospitalares e melhoria da função respiratória e a qualidade de vida dos pacientes”, apontam os sociais-democratas, assinalando que, apesar de já estar provado em países europeus como Inglaterra, França e Suíça, continua a aguardar aprovação em Portugal.
No requerimento, assinado à cabeça pelo ‘vice’ da bancada e médico Ricardo Baptista Leite, o PSD assinala que “recentemente têm sido noticiados casos de grave sofrimento humano associado à inacessibilidade dos doentes às referidas novas terapêuticas”, ao mesmo tempo que “se avolumam dúvidas no que se refere aos procedimentos de autorização de administração desses novos fármacos, designadamente envolvendo o Infarmed e o Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte”.
Também hoje, o PS entregou uma resolução no parlamento apelando ao Governo socialista para acelerar o processo de aprovação de um medicamento para a fibrose quística pelo Infarmed.
Hoje mesmo foi noticiado o caso de uma doente de 24 anos, Constança Bradell, que se queixou da demora na aprovação em Portugal do inovador “Kaftrio”, destinado àquela doença genética, hereditária e rara.
“Não quero morrer, quero viver”, escreveu a jovem numa mensagem pública numa rede social.
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