Politécnico

Coimbra: Politécnico em “união de facto” com a Universidade? Candidato ao IPC defende “casamento” entre as duas instituições

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 25-02-2021

Manuel Castelo Branco, candidato à presidência do Instituto Politécnico de Coimbra  (IPC) nas próximas eleições de maio, anuncia que, se for eleito, abrirá de imediato o processo de diálogo com a Universidade de Coimbra para aproximar as duas instituições e colocá-las a partilhar laboratórios, recursos pedagógicos, projetos científicos, instalações sociais, desportivas e de lazer de estudantes, professores e funcionários, anunciou hoje a sua assessoria de imprensa.

“No dia em que tomar posse como presidente do IPC, a minha primeira medida será propor formalmente ao Reitor da Universidade de Coimbra, Prof. Amílcar Falcão, a abertura de um processo negocial com vista à aproximação e à integração das duas instituições”, afirma Manuel Castelo Branco. “Nesse mesmo dia iniciarei o diálogo com todas as escolas do IPC para integrar os seus desejos, expectativas e projetos: as posições que o Instituto Politécnico de Coimbra irá defender nessas negociações resultarão, como é óbvio, das manifestações de interesses definidas por cada escola”.

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Manuel Castelo Branco é, de acordo com comunicado enviado pela sua agência de comunicação, desde há muito anos, um defensor de que o Instituto Politécnico de Coimbra e a Universidade de Coimbra devem dialogar e pensar, em conjunto, na expansão das duas instituições e na qualificação mútua dos respetivos ensinos e produção científica. “Pela minha parte, quero garantir às escolas do IPC a sua participação plena no processo negocial: terão de ser encontradas e construídas soluções consensuais, com o envolvimento direto de todas as escolas na definição dos respetivos modos, alcance e limites da participação de cada uma no processo”, afirma Manuel Castelo Branco.

A participação por parte das escolas do IPC será voluntária, podendo estas desenhar o seu próprio modelo de integração com a Universidade de Coimbra sem qualquer modificação da sua realidade, natureza e autonomia. “O que irei propor às escolas do IPC é que as duas grandes instituições universitárias de Coimbra encontrem o seu modelo próprio para concretizarem um processo que é já realidade, com pleno sucesso, em Aveiro, no Algarve, nos Açores e na Madeira, cujas respetivas universidades integram, em pé de igualdade, escolas universitárias, ou faculdades, e escolas politécnicas”, afirma Manuel Castelo Branco, em nota de imprensa enviada a NDC.

O professora diz que se a Universidade de Coimbra e o Instituto Politécnico de Coimbra avançarem para um processo de progressiva integração das duas instituições, os docentes, os estudantes e os funcionários de ambas passarão a beneficiar, de imediato – em pé de igualdade – da possibilidade de acesso e uso de toda a infraestrutura física, humana e relacional da Universidade e do Politécnico, nomeadamente no que toca a equipamentos, serviços, parcerias, projetos, centros de investigação e relações externas. 

“Verificar-se-á, também, uma equiparação no acesso aos instrumentos sociais, com enormes vantagens para os alunos do Politécnico, os quais irão aceder a apoios muito superiores aos que hoje estão ao seu alcance”, afirma Manuel Castelo Branco. “O novo espírito de cooperação e de integração possibilitará também que os estudantes das escolas do Politécnico passem a ter um acesso equivalente ao Estádio Universitário e que participem nas festividades académicas, ou no cortejo da Queima das Fitas, em igualdade de condições com os alunos das faculdades”.

Manuel Castelo Branco sublinha, de forma enfática, o potencial estratégico – científico, social e económico – da conjugação de esforços das duas instituições. “Coimbra passará a ter segunda maior instituição nacional de ensino superior, só ultrapassada em número de estudantes pela nova Universidade de Lisboa, a qual resulta da fusão com a Universidade Técnica de Lisboa”, afirma o candidato a presidente do IPC. “Esta é uma oportunidade tão importante para a cidade que a Câmara Municipal de Coimbra, a Comunidade Intermunicipal e a CCDRCentro deveriam apoiar e incentivar um processo que será decisivo para a competitividade da região que vai da Figueira da Foz à Beira Alta e à Beira Baixa”.

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Jurista de formação, Manuel Castelo Branco garante que o Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES) não impedirá o que de bom o Instituto Politécnico de Coimbra e a Universidade de Coimbra forem capazes de construir em matéria de integração. “A questão coloca-se exatamente nos mesmos termos que se colocou para Aveiro, Faro, Madeira ou Açores: é possível, desde que o projeto de integração seja bem delineado e negociado, com grande consenso entre as duas instituições e dentro das escolas e faculdades”, afirma Manuel Castelo Branco. “Não tenho dúvidas que, com um bom projeto nas mãos, o próximo presidente do IPC e o reitor da Universidade de Coimbra saberão convencer o primeiro-ministro e o ministro da Ciência e do Ensino Superior que estiverem em funções a dar luz verde a este grande projeto nacional”.

Manuel Castelo Branco é professor na Coimbra Business School – ISCAC, a que presidiu entre 2010 e 2018.

 

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