Coimbra
PS de Coimbra diz que municípios fora das áreas metropolitanas são ignorados
O líder do PS do distrito de Coimbra alertou hoje para o facto do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), em discussão pública até segunda-feira, ignorar as autarquias que não integram as grandes áreas metropolitanas do país.
“As câmaras são referidas circunstancialmente, em componentes específicas, quando são os grandes e tradicionais motores de execução de fundos comunitários”, refere Nuno Moita, em comunicado enviado à agência Lusa.
PUBLICIDADE
O dirigente distrital, que preside também à Câmara de Condeixa-a-Nova, considera nefasto o afastamento dos municípios, “as estruturas de governação territorial mais próximas dos cidadãos e das Pequenas e Médias Empresas (PME´s), que na região centro representam 99% no tecido empresarial”.
As preocupações de Nuno Moita assentam na necessidade do PRR em enquadrar devidamente as diversas realidades do país no que respeita às necessidades plurais e especificidades de cada região.
“A construção deste importante documento deverá defender o princípio da descentralização administrativa, respeitando o princípio da descentralização na execução e evitando problemas aos municípios de baixa densidade, que são todos os fora de Lisboa e Porto”, salienta.
O presidente da Federação de Coimbra do PS denuncia “investimentos omitidos ou que não estão claramente explanados no PRR relativamente ao distrito de Coimbra”.
O dirigente e autarca realça que o documento “não contempla as fragilidades regionais e necessidades de investimentos identificadas há muito e aguardadas para o distrito/região de Coimbra, com impacto nacional”.
O líder distrital exemplifica com a omissão de investimento no Hospital Geral (Covões), em Coimbra, e a criação de um serviço de atendimento e orientação urgente permanente (SAOUP) por Agrupamento de Centros de Saúde, com o objetivo de assegurar os cuidados de saúde em doença aguda e acidentes durante 24 horas, sete dias por semana.
No que respeita às ligações rodoviárias, Nuno Moita expõe a necessidade de requalificar profundamente o IP3, que liga Coimbra a Viseu, com perfil de autoestrada e respetiva ligação à A13, bem como a requalificação do IC2, “que também não são abrangidos no PRR”.
O dirigente salientou ainda a necessidade de acompanhamento de duas grandes agendas Europeias: o Ambiente e a Digitalização, referindo que se nota no documento “alguma falta de estratégia e planeamento para o futuro próximo”, em áreas que representam “a grande alavanca para uma nova sociedade “pós-covid”.
Related Images:
PUBLICIDADE