Coimbra
Professor de Coimbra denuncia zoombombing com mensagens racistas e neonazis
O Ministério Público confirmou hoje a abertura de um inquérito na sequência de uma queixa relativa a ataques racistas e neonazis no âmbito de uma sessão virtual sobre racismo organizada pela associação de estudantes do Liceu Camões, em Lisboa, na plataforma Zoom.
“Confirma-se a instauração de inquérito na sequência de uma queixa recebida. Este inquérito é dirigido pelo Ministério Público do DIAP de Lisboa”, adiantou a Procuradoria-Geral da República à Lusa.
O jornal Público noticiou hoje que a direção do histórico liceu lisboeta apresentou queixa depois de a sessão ter sido atacada, de forma anónima, por mais do que uma pessoa com a introdução de imagens racistas, como imagens de suásticas ou de pessoas negras a ser violentadas, e de áudios, em inglês, nos quais eram audíveis frases como “preto volta para África” ou sons a imitar macacos, que se sobrepunham às intervenções ou aos rostos dos intervenientes.
A Polícia Judiciária está a investigar o caso e a direção da escola procura encontrar estratégias para que situações como esta não se repitam.
Segundo o jornal Público, Nuno Coelho, professor de Design da Universidade de Coimbra, que participava na sessão, apresentou também ele queixa ao Ministério Público e à Comissão pela Igualdade e Contra a Discriminação Racial (CICDR).
Este fenómeno de intrusão e pirataria em sessões e reuniões online já se denomina internacionalmente “zoombombing”.
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