Economia

Alojamento Local com falta de “oxigénio” pede reforço ao Governo

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 23-02-2021

O presidente da Associação do Alojamento Em Portugal (ALEP) pediu hoje ao Governo um reforço “emergente” de apoios às micro e pequenas empresas, porque precisam de “oxigénio” para resistir à “reta final” de uma “maratona dificílima” devido à covid-19.

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“Aquilo que é fundamental em termos práticos, no caso do turismo e do Alojamento Local, especificamente, é reforçar a verba da linha de crédito do Turismo de Portugal, voltar a reforçar as verbas do [Programa] Apoiar que acabou, e olhar para alternativas de apoio para os empresários em nome individual, sem contabilidade organizada”, declarou o presidente da ALEP, Eduardo Miranda.

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Em entrevista à Lusa, a propósito da situação atual do Alojamento Local, Eduardo Miranda diz que está a haver “escassez de ajuda” para as micro e pequenas empresas e para os empresários em nome individual e sem contabilidade organizada, porque as medidas criadas no âmbito do Programa Apoiar “acabaram” e o “fundo do Turismo de Portugal também está a acabar”.

“Não deitem a perder todo o trabalho que foi feito pelo próprio Governo, todo o esforço e sacrifício pelos empresários, pelos funcionários nos últimos meses, nesta reta final da crise”, apelou.

Eduardo Miranda disse que o setor precisa de “fôlego” e “oxigénio durante mais alguns meses”, para que se comece a realizar uma retoma gradual e depois os empresários, por si só, pela atividade, consigam começar a sua recuperação.

“Estamos numa situação absolutamente crítica. São os últimos meses de uma maratona dificílima, onde as empresas fizeram um esforço enorme, onde o Estado fez um esforço enorme, e não podemos deixar que na reta final esse esforço seja em vão”, frisou.

“Se não houver estes apoios nos próximos meses podemos estar a destruir aquilo que é a base de uma das industrias, uma das atividades mais importantes do país”, acrescentou.

O presidente da ALEP recorda que, no início da crise, houve uma “preocupação grande” com o turismo em “termos de fundos e de apoios”, mas que essa preocupação não se vê atualmente e os fundos apresentados mostram-se “claramente insuficientes”.

Questionado pela Lusa sobre se considera que o setor do turismo e AL estão devidamente consagrados no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) em consulta pública, Eduardo Miranda assume que “não está claro” e parece que é até um “certo tabu” falar em apostar no turismo.

“É fundamental continuar a apostar na mudança estratégica do turismo de sustentabilidade, diferenciador. Portugal já estava a fazer esse caminho, mas é preciso consolidar. Portugal pode continuar a demarcar-se como um dos destinos mais diferenciadores ou de topo no turismo mundial”, defendeu.

O Programa Apoiar foi criado em 2020 e é um programa de subsídios a fundo perdido para as empresas (micro, pequenas e médias) dos setores mais afetados pelas restrições impostas em resposta à pandemia covid-19em Portugal. O apoio encontra-se dividido em duas modalidades, o Apoiar.pt e o Apoiar Restauração, sendo possível uma candidatura simultânea a estes dois apoios.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.441.926 mortos no mundo. Em Portugal, morreram 16.023 pessoas dos 798.074 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

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