Coimbra

Libertem os contracetivos!

Notícias de Coimbra | 11 anos atrás em 26-05-2014

A Associação Para o Planeamento da Família (APPF) revelou hoje que a acessibilidade aos métodos contracetivos “não está a ser igual” em todo o país e que, nalguns centros de saúdes, faltam contracetivos.

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“Existem atrasos na compra” dos métodos contracetivos na Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte, enquanto a ARS do Algarve “não tem métodos contracetivos nos seus armazéns desde fevereiro”, lamentou o diretor-executivo da APPF, Duarte Vilar.

“Há alguns centros de saúde que durante meses não recebem contracetivos”, afirmou.

Duarte Vilar deu o exemplo da zona da ARS de Lisboa e Vale do Tejo, designadamente nos centros de saúde de Loures e Odivelas, onde “há listas de espera para a colocação de implantes”.

Também a ARS do Centro “não disponibiliza todos os métodos contracetivos do catálogo do planeamento familiar”, o que “compromete o princípio de igualdade dos cidadãos, que deveriam ter acesso à contraceção mais adequada às suas necessidades”, refere uma nota da Associação Para o Planeamento da Família.

“Iremos contactar as entidades em causa para tentar saber o que se passa”, disse Duarte Vilar à Lusa, alertando que esta situação tem também riscos para a saúde das mulheres, já que “pode provocar um aumento de gravidezes não desejadas”.

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Nos últimos dois anos, segundo o dirigente da APPF, “tem aumentado a procura das consultas de planeamento familiar”, que permitem a obtenção gratuita de diferentes métodos contracetivos.

“É uma forma de se prevenir a automedicação” por parte de utentes, incluindo aqueles que “antes adquiriam os fármacos sem passar pelos serviços de saúde”, salientou o mesmo responsável.

Na nota, a APPF realça que a distribuição gratuita de contracetivos em todas as unidades de saúde públicas “é uma conquista muito positiva” do Serviço Nacional de Saúde em Portugal.

“No entanto, a acessibilidade aos métodos contracetivos não é igual em todo o país, quer pela quantidade disponibilizada aos utentes, quer pelo tipo de contraceção disponibilizado”, adianta a associação.

A agência Lusa quis obter a posição do Ministério da Saúde, através da Direção-Geral de Saúde, mas até ao momento ainda não foi possível.

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