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PSD questiona Governo sobre encerramento de postos da GNR na Guarda
O deputado do PSD Carlos Peixoto questionou o Governo sobre a suspensão da atividade em nove postos de atendimento reduzido da GNR no distrito da Guarda e se a alteração no funcionamento “é mesmo temporária e provisória”.
Numa pergunta enviada ao ministro da Administração Interna, através da Assembleia da República, o social-democrata refere que o Governo “validou o encerramento e/ou a suspensão da atividade de nove postos da GNR no distrito da Guarda”.
Recentemente, a GNR adiantou à agência Lusa que, na área do Comando Territorial da Guarda, “foi temporariamente suspensa a atividade em nove postos de atendimento reduzido (PAR), designadamente: Freixedas, Freixo de Numão, Miuzela, Pínzio e Vila Nova de Tázem [Gouveia] com suspensão diária; e Loriga, Paranhos da Beira, Soito e Vila Franca das Naves [Trancoso], com suspensão apenas ao fim de semana”.
“Esta medida permitiu a transferência temporária de 47 militares para os postos Sede de Agrupamento”, acrescentou.
Segundo a GNR, a suspensão temporária da atividade de alguns postos territoriais, “os quais já funcionavam em Regime de Atendimento Reduzido, teve como pressuposto as circunstâncias particulares e excecionais que o país atravessa [devido à pandemia causada pela covid-19], em especial a reposição do controlo de fronteiras terrestres, tarefa essa com forte empenhamento da Guarda Nacional Republicana”.
“Assim, a Guarda [GNR] considerou operacionalmente vantajoso adotar esta medida temporária, à semelhança do que já ocorreu na fase inicial da pandemia, a qual permite alocar um maior número de militares para o serviço operacional, nomeadamente para o controlo da fronteira terrestre, sublinhando-se que a mesma apenas vigorará enquanto se afigurar absolutamente necessário, retomando a situação de normalidade logo que possível”, rematava a fonte.
O deputado do PSD eleito pelo círculo eleitoral da Guarda considera “absurdo que seja precisamente na fase em que a situação epidemiológica está a melhorar a olhos vistos que se justifique o encerramento destes postos com base no agravamento da situação de covid-19”.
“Este paradoxo, somado à explicação que foi dada de que a suspensão permite um melhor serviço de patrulhamento exterior, lança a dúvida legitima se, afinal, este ensaio, que se classifica benignamente como temporário, não será para ficar e se transformar em definitivo”, acrescenta.
Carlos Peixoto assinala, ainda, que “não deixa de ser sintomático que os argumentos usados sejam transversais a todo o país e só as regiões do interior tenham sofrido na pele (uma vez mais) com esta denominada suspensão temporária do funcionamento dos postos”.
Assim, “para que não subsistam dúvidas”, o deputado pergunta ao Governo “quantos postos da GNR suspenderam, modificaram ou cessaram a sua atividade de atendimento à população nas últimas semanas em todo o território nacional?”.
“Do número global de postos nessa situação, quantos se situam nas áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto ou no litoral do país, e quantos se situam em regiões ou distritos do denominado interior do país (ou territórios de baixa densidade)?”, também questiona.
Carlos Peixoto quer ainda saber se “a alteração no funcionamento dos postos do distrito da Guarda é mesmo temporária e provisória” e, em caso afirmativo, até quando.
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