Cidade
Coimbra marcha contra manipulação de sementes
Portugal volta este ano a participar na marcha contra a manipulação genética de sementes, movimento que vai juntar 300 cidades de todo o mundo, como Lisboa, Porto, Coimbra e Santarém, a alertar contra os efeitos dos organismos modificados.
As marchas contra a Monsanto, multinacional agro-alimentar, vão realizar-se na tarde sábado em Lisboa, Porto e Coimbra, enquanto Santarém se junta ao protesto com uma concentração, disse hoje à agência Lusa uma das organizadoras, Leonor Machado.
“O principal alerta é que é necessário as pessoas tomarem consciência do que estão a comer e que, tal como muitas coisas lançadas por parte do meio científico, não sabemos qual o impacto que têm no longo prazo”, explicou.
Para os defensores das sementes “naturais”, sem intervenção dos cientistas ou das empresas, os consumidores devem ser informados acerca da presença de organismos geneticamente modificados (OGM) nos alimentos, mas não só quando são um elemento principal do alimento.
“Há informação sobre OGM, se for um ingrediente principal, mas não se estiver presente ´indiretamente´, ou seja, se os animais forem alimentados com transgénicos, a carne vai ter organismos modificados e não é obrigatória esta referência” realçou Leonor Machado.
“As empresas estão a ganhar biliões de dólares por ano e nem têm a preocupação de testar os produtos porque não é da sua responsabilidade e as entidades públicas também não controlam muito e não há essa segurança”, defendeu uma das mentora deste movimento em Portugal, recordando que não é a só a Monsanto a atuar neste domínio.
A iniciativa foi organizada através das redes sociais e já em 2013 se realizou em algumas cidades portuguesas com o objetivo de lutar contra a alteração genética das sementes, “manipulações que vão cada vez mais deteriorando o verdadeiro valor nutricional das plantas”, segundo os defensores das sementes “livres”.
“Hoje em dia já se liga o uso de transgénicos com doenças do foro psiquiátrico e cancerégenas, no entanto, nada se faz contra isso, e continuamos a deixar que essas culturas invadam os nossos campos, contaminando plantações orgânicas”, refere uma informação divulgada pelo movimento.
“Uma semente da terra não pode ser propriedade de uma corporação, ela é de todos nós”, realça.
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