Cidade
Estamos lixados!
Trabalhadores da recolha de lixo da Câmara de Coimbra vão fazer uma greve de quatro dias, entre 30 de maio e 02 de junho, anunciou hoje o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional (STAL).
Os funcionários da Divisão de Ambiente, do Departamento de Ambiente e Qualidade de Vida do município de Coimbra “trabalharam 3,5 horas a mais do que legalmente estavam obrigados” entre 2007 e 2012, mas continuam sem receber a remuneração equivalente, apesar da decisão judicial nesse sentido, explica o STAL, numa nota.
“Condenada em sentença do Tribunal Administrativo de Coimbra”, a câmara continua sem “pagar na íntegra todo o trabalho prestado para além do que legalmente” estava obrigado, sublinha o sindicato.
Segundo o STAL, a decisão do tribunal foi confirmada, “por unanimidade”, por três juízes, na sequência de um pedido de clarificação da sentença feito pela autarquia, mas os trabalhadores dos serviços de recolha de resíduos sólidos continuam sem receber o dinheiro que lhes é devido.
A Direção Regional de Coimbra do STAL adianta que “há muito” que vem lutando, sem sucesso, “contra a situação laboral vivida” pelos trabalhadores daquele departamento da câmara.
O sindicato promoveu “várias ações de luta reivindicativa junto à porta” da Câmara de Coimbra e em 29 de abril uma delegação sindical deslocou-se à assembleia municipal para “exigir resposta” às reivindicações dos trabalhadores de recolha de lixos, mas, assegura, “nunca foi ouvido”.
“No início deste mês, o STAL insistiu em pedidos de reunião à câmara com urgência, a fim de ver qual a posição” dos responsáveis pelo município, mas “não foi recebido”, conta.
De acordo com o sindicato, naqueles serviços da Câmara de Coimbra, com a atual gestão camarária (de maioria PS), há “perseguições a trabalhadores e limitações à atividade sindical com a marcação de faltas injustificadas em dias de feriado, quando existe pré-aviso de greve por tempo indeterminado emitido pelo STAL”.
O sindicato refere que nos últimos anos se acentuou a saída de trabalhadores por reforma e outros motivos, sendo hoje insuficientes o número de funcionários para a recolha de lixo e limpeza da cidade.
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