Médicos
Ordem cria petição a exigir vacinação imediata de todos os médicos
A Ordem dos Médicos criou uma petição dirigida ao primeiro-ministro a exigir a “vacinação imediata” de todos os clínicos contra a covid-19, que tinha recolhido, ao final da tarde de hoje, mais de 9.100 assinaturas.
Tendo o bastonário Miguel Guimarães como primeiro subscritor, a petição criada no início da semana e disponível no `site´ peticaopublica.com refere que “faltam ser vacinados a maioria” dos médicos que trabalham no Serviço Nacional de Saúde e a “imensa maioria” dos que prestam serviço nos setores privado e social.
“Sendo as vacinas contra a covid-19 um bem escasso exclusivo do Estado, não podemos deixar de transmitir a nossa indignação pelo facto de muitos milhares de médicos ainda não terem sido vacinados, estando a ser excluídos no Plano de Vacinação”, sublinha o texto.
Segundo a petição, não vacinar os clínicos representa “limitar o acesso dos doentes a procedimentos diagnósticos e terapêuticos, como consultas, exames ou cirurgias”, uma vez que, “por cada médico que fica doente ou em isolamento profilático, muitos doentes (covid e não covid) ficam com a sua saúde cada vez mais comprometida”.
“Vacinar todos os médicos, de acordo com as prioridades definidas a nível nacional e internacional, é uma questão de ética e de justiça. Preservar a saúde de quem tem o dever e a competência de estar na linha da frente a salvar vidas é defender o interesse público e a saúde do país”, adianta ainda o texto.
A vacinação contra o novo coronavírus arrancou a 27 de dezembro, abrangendo primeiro profissionais de saúde diretamente envolvidos na resposta à pandemia, seguindo-se os profissionais e residentes em lares de idosos e unidades de cuidados continuados.
A primeira fase do plano de vacinação inclui também profissionais das Forças Armadas, forças de segurança e serviços considerados críticos, titulares de órgãos de soberania, idosos com 80 ou mais anos e pessoas 50 ou mais anos e com doenças associadas.
Na quinta-feira, o primeiro-ministro alertou que Portugal vai receber menos de metade das vacinas contra a covid-19 que estavam previstas para o primeiro trimestre deste ano, um problema não está na distribuição nem na falta de recursos humanos para administrar a vacina, mas sim “fora de Portugal”.
“No nosso caso, em vez dos 4,4 milhões de doses, nós vamos receber neste primeiro trimestre 1,98 milhões de doses, o que significa que a nossa capacidade de vacinação neste primeiro trimestre vai ser cerca de metade daquilo que estava previsto nos contratos assinados entre as farmacêuticas e a Comissão Europeia”, disse António Costa.
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