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Marisa Matias afirma que Governo sacrifica a escola pública
A cabeça de lista do BE às europeias acusou hoje o Governo de não ter “rigorosamente nenhum rigor” e de sacrificar o ensino público com mais custos para os contribuintes, falando das multas resultantes do cancelamento de obras em escolas.
Marisa Matias, em campanha para as eleições, regressou hoje à escola secundária D. Duarte, em Coimbra, onde estudou há 20 anos, e lamentou o estado do edifício, já que estava prevista a recuperação do espaço, tendo chegado a estar publicado em Diário da República.
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“E isto pela mão de um Governo e do ministro Nuno Crato, que anda todos os dias a dizer que sabe fazer as contas e que é em nome do rigor orçamental quando não tem rigorosamente nenhum rigor – e é mesmo assim que eu quero dizer”, criticou.
Em causa está, segundo a bloquista, o cancelamento de “projetos de recuperação de escolas, obras que estavam em curso” estando depois “sujeito a pagar multas por cancelamento dessas obras que são três vezes superiores aquilo que seria o valor das obras se as realizasse”.
Na opinião da eurodeputada recandidata, “este Governo prefere sistematicamente sacrificar a escola pública, travar qualquer possibilidade de desenvolvimento em termos de infraestruturas, mesmo que isso custe mais dinheiro aos contribuintes”.
“Nós estamos numa cidade que é a cidade que tem o maior número de contratos de associação, portanto mais transferência de dinheiros públicos para o ensino privado, em todo o país, sobretudo quando a área que está abrangida por escola pública era mais do que suficiente para responder às necessidades desta cidade”, lamentou.
Marisa Matias realça a “promiscuidade que existe entre as políticas de educação e depois aquilo que se passa no terreno porque Coimbra é a cidade onde mais dinheiros públicos são transferidos para ensino privado, apesar de haver oferta pública suficiente”.
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