A comissão coordenadora concelhia do Bloco de Esquerda (BE) decidiu continuar a integrar e participar na candidatura do movimento Cidadãos por Coimbra (CpC) para as eleições autárquicas de outubro, foi hoje anunciado.
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A Assembleia Concelhia do Bloco de Esquerda de Coimbra aprovou no sábado, “por maioria significativa”, uma moção que defende “o reforço da participação do BE no movimento de cidadania Cidadãos por Coimbra e a sua inserção nesta candidatura, valorizando o trabalho desenvolvido nestes oito anos por aquele movimento e pugnando pelo seu alargamento e por uma maior dinamização”, afirmou hoje a comissão coordenadora, em nota de imprensa enviada à agência Lusa.
“Em face dos cenários possíveis e tendo em conta o balanço que apresentamos da nossa participação no CpC, defendemos, como mais adequada às circunstâncias locais, a continuidade de uma política não sectária de diálogo construtivo com o movimento de cidadãos e cidadãs, tendo em vista a convergência em torno de um programa e de uma candidatura que prossigam e ampliem o trabalho desenvolvido”, referiu.
O programa que o CpC apresentou às autárquicas de 2017 será a base da candidatura, que será sustentada por um acordo formal entre as duas partes, que “tornará pública as condições em que o BE desistirá de uma candidatura própria em favor de uma candidatura cidadã, de base alargada”, explanou a comissão coordenadora.
A recusa de discursos e de práticas populistas anti-partidos, a promoção da acessibilidade universal a serviços públicos de qualidade na habitação, o ordenamento do espaço público, a mobilidade, a educação a cultura e o ambiente são alguns dos “princípios essenciais orientadores”, acrescentou.
Em 2017, o CpC, que tinha como cabeça de lista o antigo vereador da CDU Jorge Gouveia Monteiro, falhou a conquista de um mandato por menos de uma centena de votos.
Nessas eleições, o Cidadãos por Coimbra conquistou 4.799 votos (7,02%), tendo sido a quinta força mais votada, numas autárquicas em que concorreu um novo movimento independente, o Somos Coimbra, que elegeu dois vereadores (16,06%).
Em 2013, o CPC tinha conseguido 9,27% dos votos e a eleição do vereador José Augusto Ferreira da Silva, que renunciou ao mandato meses antes das novas eleições, por entender que “recentes alterações na política do CpC” puseram em causa a sua independência.
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