Coimbra

Oliveira do Hospital: Os Verdes questionam Governo sobre poluição no rio Cobral

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 02-02-2021

O Partido Ecologista Os Verdes (PEV) questionou o Governo sobre a qualidade da água do rio Cobral, que desagua na ribeira de Seia, afluente do Mondego, “sucessivamente afetado com várias descargas de poluentes”, foi hoje anunciado.

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A deputada do PEV Mariana Silva questiona, através da Assembleia da República, o Ministério do Ambiente e da Ação Climática, sobre se “tem conhecimento das descargas que ocorreram no rio Cobral”, dia 08 de janeiro, e se “confirma que o foco de poluição deriva de águas residuais provindas das queijarias, localizadas no concelho de Seia, a montante [da localidade] de Meruge”.

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“Tendo em conta a previsibilidade de descargas no rio Cobral, no mês de janeiro e fevereiro, aquando das primeiras chuvadas, que medidas o Governo tem implementado para reforçar a fiscalização às unidades industriais suspeitas na bacia hidrográfica do rio Cobral”, também pergunta Mariana Silva.

O PEV quer ainda saber quantas ações de fiscalização e de monitorização foram levadas a cabo, no último ano, por equipas da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR na bacia do referido rio.

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“Tendo em conta que no âmbito do Orçamento do Estado para 2021, por proposta do PEV, o Governo ficou incumbido de reforçar os sistemas de monitorização da qualidade da água para melhoria dos recursos hídricos, está previsto a implementação de algum destes sistemas no rio Cobral de forma a detetar em tempo oportuno a origem das descargas de águas residuais?”, remata a deputada.

O rio Cobral tem cerca de 15 quilómetros de extensão. Nasce em São Romão, no concelho de Seia, atravessa várias freguesias do concelho de Oliveira do Hospital e desagua na ribeira de Seia, afluente do rio Mondego, nos limites da freguesia de Travanca de Lavos.

Segundo o PEV, o referido rio, que no seu trajeto acolhe rejeições de águas residuais tratadas de origem urbana e industrial, “tem sido sucessivamente afetado com várias descargas de poluentes, segundo a população, provenientes de queijarias localizadas a montante, no concelho de Seia”.

O partido sublinha que as descargas ocorrem, “de forma mais constante, todos os anos pela mesma altura”, nos meses de janeiro e fevereiro.

No dia 08 de janeiro, a Junta de Freguesia de Meruge “voltou a denunciar publicamente as descargas no rio Cobral, depois de constatar o cheiro nauseabundo, os detritos e a espuma visíveis no leito do rio, aparentemente associados a uma descarga de produtos de origem láctea, remetendo tal ocorrência para o SEPNA da GNR”, adianta.

“Há quase vinte anos que o Partido Ecologista Os Verdes denuncia os problemas ambientais que afetam o rio Cobral, em particular as descargas e efluentes sem o devido tratamento, tendo já apresentado diversas perguntas ao Ministério que tutela a área do Ambiente, a última das quais em fevereiro de 2020, através da pergunta n.º 916/XIV/1.ª”, refere aquela organização política.

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