O investigador universitário e treinador Ricardo Namora apresenta um livro, no dia 24, em Coimbra, no qual evidencia “as qualidades e características” do futebol nacional e de outros países.
Oriundo de uma família ligada ao futebol, Ricardo Namora conta que a arquitetura da obra “Eterno domingo – O futebol em oito jornadas” foi concebida “num vislumbre pessoano”, tendo optado por “escrever curtos capítulos para não maçar” os leitores.
“A incrível, e extremamente colorida, produção literária sobre futebol que existe noutros países – Brasil à cabeça, mas também Itália e, sobretudo, Espanha – não tem, por enquanto, paralelo no nosso país (pelo menos se nela pensarmos do ponto de vista da dispersão de géneros e da quantidade de títulos)”, admite o autor no primeiro capítulo, intitulado “Aquecimento”.
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Escrever sobre futebol “em Português de Portugal não é tão sonoro nem tão melodioso como o do Brasil, onde eles escrevem sobre bola com uma poesia e um encanto inigualáveis”, defende.
O futebol é a modalidade “mais imprevisível que há”, disse hoje Ricardo Namora à agência Lusa, frisando que o livro evoca “o desporto coletivo onde há mais resultados inesperados”.
“É um jogo muito simples, aquele em que mais vezes o fraco ganha ao forte. E por isso é que as pessoas gostam de futebol”, salientou.
O investigador revela no livro que não queria “escrever ficção sobre uma coisa ao mesmo tempo tão crua e intraduzível como é o futebol”, indicando, por outro lado, que “a tradição portuguesa de literatura futebolística” também não lhe agrada.
Entre os diferentes clubes a que esteve ligado, como atleta e treinador, Ricardo Namora, de 40 anos, chegou a integrar a equipa principal da Académica, na qual também jogou o seu pai, José Manuel, já falecido, e o seu tio Artur Jorge.
Editado pela Lápis de Memórias, o livro vai ser apresentado no dia 24 de maio, às 15:30, na Casa Municipal da Cultura de Coimbra.
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