Política

Rui Rio acusa primeiro-ministro de “desgoverno” por fechar escolas só por “pressão da opinião pública”

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 21-01-2021

O presidente do PSD considerou hoje que o Governo não fechou as escolas mais cedo porque não estava preparado para o fazer, acusando o primeiro-ministro de “desgoverno” e de só ter decidido perante “pressão da opinião pública”.

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“O PSD está de acordo com esta medida, mas peca por tardia. Mas aqui há um lamento muito grande. Quando o Governo diz que está preocupado com o desenvolvimento das crianças e dos jovens, pelo que queria manter as aulas, se assim fosse o Governo tinha desde abril melhorado as aulas à distância”, argumentou Rui Rio.

Numa conferência de imprensa na sede do partido no Porto, o presidente do PSD começou por lembrar que após a última reunião do Infarmed e perante o que os especialistas tinham dito “era evidente que as aulas tinham de fechar, particularmente a partir do sexto ano”, tendo ficado “admirado” pelo Governo não o ter feito de imediato.

“O Governo entendeu não o fazer. Fiquei admirando na altura. Agora voltou atrás (…). Já percebemos porque não fechou as escolas e só o fez agora com a pressão da opinião pública. Não o fez porque tinha consciência de que não estava preparado para o fazer. Isto tem de ser dito”, referiu.

Rui Rio apontou o dedo ao executivo socialista, referindo que foi este quem “em abril e maio disse que tinha corrido tudo muito bem”, ainda que, referiu o líder do PSD, “se se saiba que não correu tudo bem”, razão pela qual disse não compreender que agora António Costa opte pela pausa letiva.

“Mas se para o Governo correu muito bem, e teve estes meses todos para preparar aquilo que prometeu, temos de lamentar que fechem as escolas e os alunos ainda vão ter uma situação pior do que a que tinham em abril porque não vão ter as aulas à distância.

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O primeiro-ministro anunciou hoje o encerramento das escolas, que entra em vigor na sexta-feira, após uma reunião do Conselho de Ministros e referiu que se justifica por um “princípio de precaução” por causa do aumento do número de casos da variante mais contagiosa do SARS-CoV-2, que cresceram de cerca de 08% de prevalência na semana passada para cerca de 20% atualmente.

António Costa afirmou que os 15 dias de interrupção serão compensados noutro período de férias e garantiu que haverá medidas de apoio às famílias semelhantes às que vigoraram durante o primeiro confinamento de 2020, como faltas justificadas para as pessoas que tenham filhos com menos de 12 anos e não estejam em teletrabalho.

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