Coimbra
Reitor quer charters de chineses na Universidade de Coimbra
O reitor da Universidade de Coimbra, João Gabriel Silva, disse hoje em Xangai que a universidade quer ter, “daqui a uns anos”, pelo menos 10% dos seus alunos oriundos da China, ou seja, entre 2.000 e 3.000 estudantes.
“A nossa aposta genérica é no Brasil e na China. No Brasil porque a ligação da Universidade é antiga e muito intensa. A China, porque é um país grande, em desenvolvimento, mas onde temos muitos dados que mostram um crescente interesse na língua portuguesa”, disse.
João Gabriel Silva sustentou que o interesse, que classifica de “muito intenso”, surge pelas ligações económicas da China aos países de língua portuguesa, o que faz com que, por exemplo, estejam hoje a estudar português em Coimbra entre 200 a 300 estudantes da China, o maior contingente de estudantes estrangeiros na universidade.
“Mas queremos mais. Queremos daqui a quatro a cinco anos ter 2.000 a 3.000 estudantes chineses” que, no leque atual de estudantes de Coimbra, se traduziria em cerca de 10% do total de 23.000 alunos.
A aposta na China, acrescentou, tem “potencial” já que o país não absorve os candidatos às universidades e com o recém-publicado estatuto do estudante internacional, a possibilidade das Universidades recrutarem os seus alunos vem abrir novos horizontes.
“O estatuto traz duas novidades: por um lado, os estudantes internacionais, que são aqueles fora da União Europeia, deixam de ser pagos pelo Estado português que está com algumas dificuldades conhecidas, e, por outro lado, permite às universidades selecionar os estudantes diretamente para os seus cursos, o que não acontecia até agora”, explicou, ao salientar que, no caso da China, Coimbra decidiu selecionar os alunos com base no exame nacional chinês.
“Fizemos a análise e concluímos que o exame chinês tem todas as condições para servir de base à nossa seleção de alunos”, concluiu.
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