Educação
Universidades de Lisboa, de Coimbra e a Católica pretendem criar uma rede de investigadores
As Universidades de Lisboa, de Coimbra e a Católica pretendem criar uma rede de investigadores sobre política social e tirar o tema da esfera “política e partidária”, disse hoje um dos envolvidos no projeto.
António Pereirinha, vice-presidente do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) explicou à Agência Lusa que Portugal, ao contrário de outros países europeus, não tem uma rede académica que discuta a política social, uma discussão necessária “sem as pressões dos partidos” ou dos governos.
De acordo com o responsável o “ponto de partida” para essa rede foi dado hoje, no primeiro de dois dias de uma conferência internacional sobre o Estado Social em contexto de austeridade, a decorrer no ISEG e que junta dezenas de académicos de áreas como a sociologia, história, economia, antropologia ou psicologia, provenientes de 15 países.
Segundo António Pereirinha, um dos organizadores da iniciativa, além de estarem na génese da criação dessa rede as três universidades aderiram também recentemente à rede europeia de política social (European Social Policy Analysis – ESPANET), criada em 2002 e destinada a facilitar a cooperação entre analistas de política social na Europa.
Hoje, no primeiro dia da conferência, António Pereirinha destacou a grande diversidade de académicos presentes, divididos por 10 grandes temas, “sendo essa diversidade precisamente o ponto de alimentação da rede” a ser criada, e alimentada depois com encontros regulares entre académicos.
Entre hoje e sábado, nas diversas salas do ISEG, dezenas de académicos vão discutir temas como as reformas do Estado Social; a emigração e mobilidade de quadros portugueses; a idade ativa, a cidadania e o bem-estar em tempo de crise; a desigualdade, a pobreza e a exclusão social; a interrupção da convergência dos países do sul ou a crise tendo como foco as crianças e os idosos.
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