Política
Estado de Emergência: Chega critica “restrições absurdas” no comércio e vota contra estado de emergência
O presidente do Chega admitiu hoje a necessidade de medidas restritivas para mitigar a propagação da covid-19, mas manifestou-se contra a renovação do estado de emergência devido às “absurdas restrições” no comércio.
“Estas absurdas restrições não estão em nada a ajudar a controlar a pandemia e estão a matar a economia, os negócios e a vida das famílias”, disse aos jornalistas André Ventura, após ser recebido pelo Presidente da República, no Palácio de Belém, em Lisboa, sobre a renovação do estado de emergência.
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André Ventura referia-se à obrigatoriedade de encerramento do comércio e da restauração a partir das 13:00, uma restrição que, no entender do deputado, é contraproducente, resultando numa maior concentração de pessoas nos espaços comerciais durante o período da manhã, além de prejudicial para a economia.
Estas criticas não significam que o deputado rejeite a necessidade de medidas restritivas, mas apenas que restrições devem fazer sentido, ressalvou.
“Quando as restrições são absurdas, os portugueses deixam de as cumprir”, avisou, indicando que, por isso, o Chega votará contra a renovação do estado de emergência na quarta-feira na Assembleia da República.
Por outro lado, André Ventura também justificou o sentido de voto apontando o dedo ao ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, considerando que “este é um momento em que o coordenador do estado de emergência não pode estar fragilizado”.
“Estamos a banalizar o estado de emergência, as restrições começam a cansar os cidadãos e, a par disto, temos um ministro da Administração Interna que está politicamente fragilizado. O Governo está a perder autoridade junto dos portugueses nesta matéria”, justificou.
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