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2020: Pandemia adiou promessa do governo de fazer um “São Tomé e Príncipe diferente”

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 25-12-2020

A pandemia de Covid-19 ditou regras apertadas que frustraram toda a expectativa do governo são-tomense de “fazer um São Tomé e Príncipe diferente” em 2020, como fora prometido durante a campanha para as eleições legislativas de 2018.

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A ausência de receitas turísticas, a principal fonte de divisas do país, prejudicou a gestão quotidiana e o ano termina com São Tomé “dependente da generosidade internacional”, particularmente no fornecimento de medicamentos, consumíveis e equipamentos de combate à pandemia do novo coronavírus, cujos primeiros infetados foram anunciados em meados de março.

Para 2020, o executivo tinha prometido avançar com projetos estruturantes, que incluem o alargamento e modernização do aeroporto internacional, mas a crise sanitária impediu a concretização desse objetivo.

O Presidente são-tomense, Evaristo Carvalho, reconheceu que a situação económica do seu país vai continuar “desequilibrada e persistente na sua relação de dependência com o exterior”.

“O dia-a-dia do nosso país depende da generosidade internacional, pois as nossas despesas de investimento são financiadas em mais de 90% com recursos externos o que limita as autoridades à possibilidade de execução de uma política genuína de desenvolvimento sustentado”, disse o chefe de estado.

Com um orçamento de 150 milhões de dólares (180 milhões de euros, Jorge Bom Jesus acreditava que era o “mais próximo da realidade” do seu país, mas longe de imaginar que a Covid-19 viria a mudar tudo.

O governo perspetivou para 2019 que “um futuro melhor exige” do seu governo “medidas corajosas” para reverter a situação difícil que o país atravessa, prometendo colocar a política de combate a pobreza e a corrupção no centro das preocupações. Mas, os cinco por cento de crescimento económico que previa o orçamento geral do Estado não se concretizaram, contra a esperança do chefe do executivo, Jorge Bom Jesus.

A pandemia de Covid-19 acabou por alterar toda a programação do governo que acabou por ficar refém da doença e à espera da ajuda externa para combater a doença, maior parte dela vinda da Organização Mundial da Saúde (OMS) e de parceiros bilaterais como a República Popular da China.

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