Crimes
Enfermeira e segurança vão a julgamento por homicídio qualificado e profanação de cadáver
O tribunal de Portimão decidiu hoje levar a julgamento as duas mulheres suspeitas de terem matado e esquartejado um homem, em março, no Algarve, mantendo todos os crimes de que estão acusadas, disse à Lusa fonte ligada ao processo.
As arguidas, uma enfermeira e uma segurança, estão acusadas pelo Ministério Público (MP) da morte de um homem, em março passado, com o objetivo de se apoderarem do dinheiro que tinha recebido de indemnização pela morte da mãe.
O advogado de defesa da enfermeira pediu a abertura da instrução do processo, por considerar que esta não havia participado em todas as fases do crime, tendo a decisão instrutória sido conhecida hoje no tribunal de Portimão.
O juiz de instrução entendeu levar a julgamento o caso “tal como estava, por considerar que o primeiro depoimento da arguida foi mais consistente”, disse à Lusa o advogado.
As duas mulheres estão acusadas pelo Ministério Público (MP) pelos crimes de homicídio qualificado, profanação de cadáver, dois crimes de acessos ilegítimo, um crime de burla informática, roubo simples e uso de veículo.
As mulheres terão atraído o jovem para casa de uma delas, onde o mantiveram sequestrado durante dois ou três dias, com o objetivo de lhe extorquirem dinheiro, já que este tinha recebido 70 mil euros de uma indemnização pela morte da mãe, atropelada na zona de Albufeira, em 2016.
De acordo com o MP, as arguidas, Mariana Fonseca, de 24 anos, enfermeira, e Maria Malveiro, de 21 anos, segurança, “terão ido a casa da vítima, um engenheiro informático, situada na área de Silves, onde lhe terão dado disfarçadamente fármacos para o adormecerem e lhe terão apertado o pescoço até o matarem”.
Depois de terem retirado de casa do jovem vários objetos de valor, incluindo o seu telemóvel, levaram-no “no seu próprio carro até casa das arguidas, situada na zona de Lagos”.
Em 21 de março, as suspeitas terão cortado e desmembrado “o cadáver da vítima”, guardando-o “em vários sacos de lixo”, que nos dias seguintes “atiraram por uma arriba, em Sagres e esconderam na vegetação, em Tavira”.
O MP indicou que, ao longo desses dias, as arguidas terão feito levantamentos e pagamentos com o cartão de débito e com o telemóvel da vítima.
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