Deputados
Chega “quer” PCP a organizar Natal
O presidente do Chega acusou hoje o primeiro-ministro de enganar os portugueses com as medidas de contenção da pandemia de covid-19 adotadas no atual estado de emergência e sugeriu ironicamente que fosse o PCP a organizar o Natal.
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“Os partidos, assim como os portugueses, sentem-se enganados. O que nos foi dito foi que vinha aí o chapéu legal que permitiria tomar medidas de controlo da pandemia e o que tivemos foram restrições absurdas que mataram comércio e restauração, concentraram e confinaram pessoas a horas em que não deviam estar confinadas, que impediram a vida social”, criticou André Ventura, no debate parlamentar sobre a renovação do estado de emergência.
Para o deputado único do partido da extrema-direita, “ninguém compreende estas medidas nem ninguém compreenderá que a adesão a elas possa ser minimamente significativa”.
“Este é também o estado de emergência da cegueira ideológica porque, ao mesmo tempo que dizemos que vamos apoiar as perdas dos restaurantes no último ano, permitimos que os companheiros do PCP realizem o seu congresso em Loures, um dos concelhos onde a transmissão de covid-19 é mais elevada em Portugal”, argumentou.
A Assembleia da República vota hoje o pedido de renovação do estado de emergência, enviado na quinta-feira pelo Presidente da República, por mais 15 dias, de 24 de novembro até 08 de dezembro, para permitir medidas de contenção da pandemia de covid-19.
“Sr. primeiro-ministro, talvez seja melhor ser o PCP a organizar o Natal este ano porque assim temos a certeza que há Natal em Portugal para todas as famílias”, ironizou o também candidato presidencial, classificando o estado de emergência como “um estado de engano aos portugueses”.
O atual período de estado de emergência começou às 00:00 no passado dia 09 e termina às 23:59 da próxima segunda-feira, 23 de novembro. O respetivo diploma foi aprovado no parlamento com votos a favor de PS, PSD e CDS-PP, abstenções de BE, PAN e Chega e votos contra de PCP, PEV e Iniciativa Liberal.
Portugal contabiliza pelo menos 3.701 mortos associados à covid-19 em 243.009 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).
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