CHUC
Hospitais de Coimbra rejeitam críticas do coordenador de medicina intensiva
O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) repudiou hoje as declarações do coordenador nacional da Comissão de Acompanhamento da Resposta Nacional em Medicina Intensiva (CARNMI), criticando o número de camas para doentes covid-19 nos cuidados intensivos.
“O CHUC tem um plano faseado de abertura de camas de medicina intensiva para doentes covid-19, que vai sendo posto em prática em função das necessidades”, refere a unidade hospitalar, em comunicado enviado à agência Lusa.
Em entrevista publicada hoje no jornal Público, o presidente da CARNMI e da Sociedade Portuguesa de Cuidados Intensivos, João Gouveia, disse que o CHUC “tem 19 camas de cuidados intensivos com doentes covid, o que é muito pouco para um hospital com aquela capacidade”.
A administração do centro hospitalar considera a afirmação “grave para o responsável nacional que tem obrigação de conhecer o número total de camas de nível III de que o CHUC pode dispor para doentes críticos covid-19, que pensamos ser a maior do universo nacional, mercê de uma programação atempada com identificação de espaços físicos e de profissionais para esse fim”.
O CHUC “tem contribuído para suportar a rede de referenciação nacional, recebendo, tal como os outros hospitais, doentes da ARS Norte provenientes de hospitais que esgotaram a sua capacidade e sem perspetiva de plano de expansão (algo que competia à comissão presidida pelo dr. João Gouveia ter contribuído para acautelar”, refere o comunicado.
Os Hospitais de Coimbra salientam que recebem igualmente “doentes para ECMO (dispositivo de circulação extracorporal essencial ao tratamento de doentes críticos), a maioria deles provenientes de outros hospitais, da região e fora dela, por incapacidade de outros centros de referência os receberem”, mantendo essa capacidade de resposta ativa para o “universo do território nacional”.
“O CHUC tem agido de forma transparente, referenciando como doentes críticos, unicamente o número de doentes de nível III que tem diretamente internado em Medicina Intensiva”, sublinha o comunicado, frisando que, ao contrário de “muitos outros hospitais, não tem apresentado os números do total de doentes a que dá apoio (inclui doentes de nível II em ventilação não invasiva ou oxigénio de alto fluxo) que totalizam 12 camas”.
“Se as somarmos à capacidade agora instalada teremos 31 doentes críticos covid-19 internados no CHUC”, acrescenta a nota.
A administração realça ainda que tem definido “de forma clara, desde o início da pandemia, os critérios de internamento em Medicina Intensiva”.
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