Saúde
Forças Armadas em ações de sensibilização em todos os lares do país
As Forças Armadas realizaram até hoje 364 ações de sensibilização dirigidas a funcionários de lares para prevenção e combate à covid-19 e vão percorrer todas as estruturas residenciais para idosos, garantiu hoje, em Torres Vedras, o ministro da Defesa.
“Os lares têm as populações mais vulneráveis e, portanto, queremos ir a cada um dos 2.770 lares que o país tem para promover ações de sensibilização”, afirmou à agência Lusa João Gomes Cravinho, à margem de uma ação num lar da Santa Casa da Misericórdia de Torres Vedras, no distrito de Lisboa.
De acordo com o governante, “houve situações em que não se aplicaram as boas normas de utilização e houve surtos” e, por isso, as Forças Armadas estão a “contribuir para que os riscos sejam conhecidos e que se façam ações precoces para evitar surtos nos lares”.
Trata-se de ações presenciais de sensibilização e demonstração sobre boas práticas relacionadas com cuidados gerais, pessoais e na instituição a adotar, utilização de equipamentos de proteção individual, limpezas e desinfeções e circuitos a implementar, com o objetivo de contribuírem para a segurança de auxiliares, utentes e funcionários.
O ministro explicou que as ações de sensibilização são complementadas com formação “online”.
Até hoje, foram realizadas 364 ações de sensibilização nas estruturas residenciais de apoio a idosos, em conjunto com o Ministério da Solidariedade e Segurança Social, de acordo com dados fornecidos à Lusa pelo Ministério da Defesa Nacional.
As ações contam com a participação de especialistas de saúde militar multidisciplinares, desde médicos, enfermeiros e farmacêuticos, estando constituídas cerca de 130 equipas do Exército, cinco da Marinha e quatro da Força Aérea.
Na ocasião, João Gomes Cravinho adiantou que existem 98 casos de infeção “isolados e dispersos” nos vários ramos das Forças Armadas.
“Temos um planeamento muito rigoroso para que a capacidade de intervenção das Forças Armadas seja permanentemente mantida”, sublinhou, explicando que estão a ser implementadas medidas para que “os infetados não contagiem os seus camaradas”.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 41,3 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 2.276 pessoas dos 112.440 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
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