O BE de Coimbra criticou hoje o programa de estágios de verão da Universidade de Coimbra, considerando que esta iniciativa promove “o trabalho não-remunerado” dos estudantes.
“Os estágios são completamente gratuitos, sem qualquer tipo de ajudas de custo ou de subsídio”, sendo uma forma de “empurrar os estudantes para um clima de precariedade”, afirmou à agência Lusa Rute Simão, coordenadora dos estudantes do BE de Coimbra.
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Contactada pela agência Lusa, a Universidade de Coimbra rejeitou fazer qualquer comentário às críticas apontadas ao programa.
Os estágios podem ir até seis meses, estando a Universidade de Coimbra (UC) a promover estas ofertas para as suas próprias estruturas assim como “para empresas privadas”, alertou Rute Simão, sublinhando que esta é uma forma “dissimulada” de se ocuparem postos de trabalho “a troco de nada”.
“A Universidade de Coimbra está a aproveitar-se dos estudantes”, referiu a coordenadora.
Num comunicado de imprensa enviado hoje, o BE frisou que “a UC disponibilizou uma lista de instituições parceiras que pretendem recrutar de forma completamente gratuita” alunos da universidade.
A própria UC “oferece vagas de trabalho ausente de pagamento que chegam a durar cinco meses”, diz ainda o comunicado, criticando a “exploração” perpetrada pela instituição no programa de estágios, que decorre entre maio e outubro.
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