Um antigo responsável militar no Porto mandou cobrar ao Exército compras pessoais no valor de 7.600 euros, feitas ao longo de seis meses, já depois de deixar o ativo, acusa o Ministério Público (MP).
Segundo um despacho de acusação hoje divulgado pela Procuradoria regional, os crimes ocorreram entre 12 de maio de 2016 e 15 de novembro seguinte, após o arguido abandonar o serviço militar voluntário e a direção da secção de reabastecimento do Regimento de Transmissões do Exército Português, no Porto.
Aproveitando “o conhecimento que tinha sobre rotinas de aquisição” da instituição militar “e a relação de confiança que consigo se estabelecera num estabelecimento comercial”, o antigo militar fez ou mandou fazer compras para si próprio “como se fossem para o Exército português”, sublinha o MP.
As compras atingiram um total de 7.602,87 euros, “que o arguido não pagou, dando instruções para fossem elaboradas notas de crédito a enviar ao Regimento de Transmissões do Exército”, descreve a Procuradoria-Geral Distrital do Porto na sua página da Internet.
O MP imputa ao arguido a prática dos crimes de burla, falsificação e peculato.
O despacho de acusação agora conhecido foi concluído na última quinta-feira e é da responsabilidade de um subdepartamento de investigação e ação penal do MP que lida com crimes económico-financeiros e crimes violento na região Norte.