Coimbra
Coimbra: Arguida que não poupou parente pede-lhe desculpas em tribunal
Uma ex-funcionária da Segurança Social de Coimbra que ludibriou uma parente pediu-lhe desculpas, hoje, durante a audiência de julgamento.
Ao invocar arrependimento, P. Bogalho, a trabalhar, agora, numa empresa privada, fez uma confissão espontânea, integral e sem reservas.
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O Ministério Público, através da procuradora Alexandra Medeiros, preconizou a condenação da arguida a pensa suspensa; o advogado de defesa, Augusto Murta, considerou que, neste caso, a prevenção específica dispensa a aplicação de pena.
Bogalho, 51 anos de idade, foi condenada, há três meses, a nove anos de cadeia (prisão efectiva), sob acusação de ter infligido à Segurança Social um desfalque de 630 000 euros, tendo havido lugar a interposição de recurso.
Face às notícias, divulgadas há ano e meio, acerca da constituição de P. Bogalho como arguida, uma idosa queixou-se de ter sido por ela ludibriada no pagamento de contribuições pelo regime de serviço doméstico.
Segundo o teor da queixa, da autoria de uma septuagenária, que não sabe ler nem escrever, a outrora funcionária terá embolsado perto de 8 000 euros destinados a cerca de 200 mensalidades contributivas.
M. de Freitas julgava ter-se habilitado, aos 55 anos de idade, a auferir uma pequena pensão, mas veio a constatar que a antiga funcionária (cujo marido é afilhado da queixosa) se limitou a entregar à Segurança Social os valores correspondentes a duas mensalidades (montante de 99,40 euros).
Bogalho encontra-se sob suspeita de se apropriar de mais de 7 700 euros, havendo sido acusada de abuso de confiança (qualificado) e de falsificação de documento.
A avaliar pela documentação mostrada a dirigentes da Segurança Social por M. M. de Freitas, a antiga funcionária fez-lhe crer, durante anos, que procedia à entrega das contribuições. Para o efeito, terá emitido declarações que não consistem em genuínos comprovativos de pagamento.
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