Coimbra
Instituições esperam menos estudantes internacionais no próximo ano
As instituições de ensino superior estão a contar com menos estudantes internacionais no próximo ano letivo, devido à pandemia da covid-19, mas em algumas o ensino à distância foi uma opção procurada.
“Estamos a sentir uma diminuição quer dos fluxos de ‘incoming’ (alunos estrangeiros em Portugal), quer dos fluxos de ‘outgoing’ (alunos portugueses noutros países), até porque continua a haver uma indefinição muito grande”, disse à Lusa o presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos, Pedro Dominguinhos.
Já em maio, as instituições do ensino superior antecipavam uma redução no número de estudantes estrangeiros e a pouco mais de uma semana do início do ano letivo essa expectativa parece confirmar-se.
Para o presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portugueses, a diminuição do número de estudantes estrangeiros em Portugal não é, no entanto, tão acentuada quanto esperava.
“Os dados não apontam para um decréscimo tão grande na vinda de estudantes internacionais como seria expectável”, refere, salientando que, no entanto, esses dados refletem o número de inscrições e ainda é esperar para saber quantos alunos vêm, de facto.
Por outro lado, a pandemia da covid-19 abriu portas a um novo tipo de mobilidade de estudantes, que reflete aquilo que a partir de março caracterizou o ensino em vários países.
“Estamos a assistir a um aumento da mobilidade virtual”, referiu Pedro Dominguinhos, explicando que o trabalho que os politécnicos estão a fazer em termos de capacitação tecnológica para se adaptarem ao regime de ensino misto que será implementado no próximo ano também ajuda a dar resposta a essa procura.
No âmbito do programa de mobilidade Erasmus+, a Comissão Europeia permitiu que, no ano, sejam implementadas soluções de ensino à distância ou misto.
Para já, o número oficial de estudantes internacionais que vêm para as instituições portuguesas, presencialmente ou à distância, ainda não é conhecido.
No ensino superior, as aulas arrancam a partir da próxima, depois de serem conhecidos os resultados da 1.ª fase do Concurso Nacional de Acesso, que serão divulgados em 28 de setembro.
Tanto nas universidades como nos politécnicos, os alunos não vão regressar a 100%, uma vez que a maioria das instituições está a optar por modelos de ensino misto, com as turmas divididas em turnos rotativos, em que um grupo tem aulas presenciais e o outro a distância.
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