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Fórmula 1: Portugal pode ter representante do país no GP em Portimão
Sem sediar uma corrida de Fórmula 1 desde 1996, Portugal está pronto para receber um Grande Prémio da principal categoria do automobilismo após 24 anos. O circuito de Portimão, no Algarve, sediará a 12ª etapa do campeonato mundial de 2020, nos dias 23, 24 e 25 de outubro.
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Um dos motivos da escolha da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) pelo Grande Prémio de Portugal foi o alto apelo turístico que a região do Algarve tem. Além de belas praias e paisagens naturais exuberantes, o Algarve oferece muita actividade de entretenimento. Jogos de casino, como o tradicional blackjack clássico e as diversas variações da roleta, apresentações musicais e eventos desportivos de alto nível, como surfe e futebol, são alguns exemplos de entretenimento no Algarve.
Além disso, o GP de Portugal pode ter uma outra grande atração para o país: a participação especial do piloto português António Félix da Costa, actual campeão da Fórmula E (categoria de carros elétricos). De acordo com Tiago Monteiro, antigo piloto e empresário de Da Costa, as portas da Fórmula 1 estão abertas. No entanto, Tiago quer algo duradouro para o seu cliente e não apenas uma corrida.
Segundo o Sportmotores, duas equipas estão interessadas em contar com o português para o GP em Portimão. Porém, Da Costa não possui uma cláusula no contrato com a DS Techeetah, sua actual equipa na Fórmula E, que o possibilita correr automaticamente por qualquer equipa na Fórmula 1.
Sendo assim, quando chegar alguma proposta concreta para Da Costa correr no GP de Portugal, o piloto português terá que negociar uma liberação com junto a Techeetah — algo que não deverá ser um grande problema entre ambas as partes.
Da Costa chegou muito perto da Fórmula 1 em 2014
Aos 28 anos e um dos melhores pilotos actualidade para muitos especialistas, mesmo sem nunca ter disputado uma corrida na Fórmula 1, Da Costa por pouco não correu na principal categoria do automobilismo em 2014.
Na ocasião, quando o australiano Daniel Ricciardo assinou com a Red Bull, o português era o mais cotado para correr pela Toro Rosso (equipa secundária da Red Bull naquela época e que actualmente chama-se Alpha Tauri). Isso porque Da Costa vinha de resultados consistentes obtidos nas principais categorias de acesso da Fórmula 1, como o terceiro lugar na categoria GP3 em 2012 — além de títulos conquistado nas Fórmulas Renault pela Europa.
No entanto, uma actuação ruim de Da Costa na extinta World Series em 2013 levou a Red Bull a escolher o russo DaniilKvyat, campeão da GP3 no mesmo ano, para correr na Toro Rosso. Após esse acontecimento, o português passou por diversas categorias do automobilismo mundial, como Stock Car e em campeonatos de endurance, até encontrar-se de facto na categoria dos carros elétricos.
Em 2015, Da Costa passou a dedicar-se em tempo integral na Fórmula E. Competindo pela fraca equipa Aguri em seu ano de estreia na categoria de carros elétricos, ele venceu logo em sua terceira prova, na Argentina.
Após épocas de altos e baixos e destacar-se em 2018, Da Costa chamou a atenção da equipa chinesa DS Techeetah, uma das mais fortes da categoria. O curioso é que Jean-ÉricVergne, bicampeão da Fórmula E, foi quem mais incentivou o português a assinar com a DS Techeetah.
Após ser campeão de maneira surpreendente em seu ano de estreia pela equipa chinesa, Da Costa não esqueceu de agradecer a Vergne na sua entrevista pós-título. Em declarações para a imprensa internacional, o português disse que Vergne foi muito importante em sua rápida adaptação na DS Techeetah, mesmo tendo acontecido alguns momentos difíceis entre eles.
Último piloto português na Fórmula 1 foi Tiago Monteiro, empresário de Da Costa
A última participação de um piloto português na Fórmula 1 foi na época de 2006, quando Tiago Monteiro correu pela extinta equipa Midland F1 Racing. Além disso, Monteiro também disputou o campeonato de 2005 pela Jordan Racing e alcançou seu único pódio na Fórmula 1 pela extinta equipa do irlandês Eddie Jordan.
É importante destacar que o terceiro lugar conquistado por Monteiro no Grande Prémio dos Estados Unidos da América de 2005 significou a melhor classificação de sempre de um piloto português na Fórmula 1.
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