Economia

Sonae subscreve manifesto de apoio ao pacto ecológico europeu “European Green Deal”

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 17-09-2020

A presidente executiva da Sonae subscreve uma declaração conjunta em que três dezenas de CEO de empresas multinacionais defendem um novo modelo de crescimento europeu baseado na circularidade, energias renováveis e indústrias de baixo carbono.

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A iniciativa foi promovida no âmbito do Grupo de Ação de CEO do Fórum Económico Mundial para o Pacto Ecológico Europeu, sendo a Sonae a única empresa portuguesa envolvida na iniciativa, anunciou hoje o grupo com sede na Maia.

“A pandemia covid-19, com o seu impacto na vida das pessoas, nos rendimentos, nas economias e nas sociedades, veio acelerar a necessidade de uma transformação para criar um futuro mais justo, sustentável e resiliente. Por isso, cerca de 30 presidentes executivos (CEO) e representantes de multinacionais, entre os quais a presidente executiva da Sonae Cláudia Azevedo, promoveram um manifesto que defende que a Europa tem de aproveitar esta oportunidade para potenciar um novo modelo de crescimento, baseado na circularidade, nas energias renováveis e nas indústrias de baixo carbono”, refere a empresa portuguesa em comunicado.

Os subscritores da declaração manifestam o seu apoio ao Pacto Ecológico Europeu (‘European Green Deal’) como parte da estratégia de crescimento para a Europa, realçando que “é fundamental a cooperação entre governos, empresas e sociedade civil para a Europa se tornar na região mais sustentável, inovadora e inclusiva do mundo”.

“Os promotores da iniciativa acreditam que nenhum governo ou empresa pode levar a cabo esta monumental transformação de forma isolada e que a saída da atual crise não será possível fazendo ‘mais do mesmo’. Por isso, comprometem-se em desenvolver e participar em parcerias robustas que visam reduzir a pegada de carbono e adotar novos modelos de produção e de trabalho nas suas organizações, contribuindo para a descarbonização da economia europeia e para alcançar a neutralidade climática até 2050”, adianta.

Citada no comunicado, a presidente executiva da Sonae e membro deste grupo do Fórum Económico Mundial salienta que “a recuperação da pandemia é a oportunidade para a economia europeia se reinventar e avançar de forma decisiva na implementação de um modelo de crescimento sustentável, que respeite o ambiente, crie valor económico e social e proteja as gerações vindouras”.

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De acordo com a Sonae, a subscrição da declaração conjunta enquadra-se na política de sustentabilidade da empresa, que há mais de duas décadas integrou o Conselho Económico Mundial para o Desenvolvimento Sustentável e aponta o combate às alterações climáticas e a proteção da natureza e da biodiversidade como “dois dos seus eixos estratégicos”.

“No Grupo de Ação de CEO para o Pacto Ecológico Europeu, lançado no outono de 2019 em cooperação com o Fórum Económico Mundial e a Comissão Europeia, a Sonae prossegue a sua missão ao procurar mobilizar empresas europeias para assumirem os compromissos de redução de gases com efeito de estufa da União Europeia até 2030, a fim de impulsionar uma recuperação económica limpa e inclusiva”, refere.

Também citado no comunicado, Frans Timmermans, vice-presidente executivo da Comissão Europeia responsável pelo Pacto Ecológico Europeu, congratula-se com a declaração deste grupo de CEOs: “O ‘Green Deal’ é uma oportunidade única para transformar a nossa economia nesta geração. É crucial ter as empresas europeias a bordo, pois precisamos que todas contribuam para a neutralidade climática e ajudem a concretizar o Pacto Ecológico Europeu. Apoio muito os esforços do Grupo de Ação para implementar a agenda europeia do clima”, afirma.

Na quarta-feira, no seu discurso sobre o Estado da União Europeia (UE), a presidente da Comissão Europeia reafirmou o Pacto Ecológico Europeu como um elemento central da estratégia de crescimento da Europa e dos esforços de recuperação da região.

Ursula von der Leyen revelou que a UE vai propor uma revisão em alta do objetivo de redução de emissões em 2030, de 40% para 55%, de forma a atingir o objetivo de neutralidade climática em 2050 e cumprir as suas metas do Acordo de Paris, o que implica que a Comissão Europeia reveja toda a legislação europeia sobre clima e energia.

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