Coimbra
Universidade de Coimbra estreia unidade de psicologia clínica aberta à comunidade
Uma nova unidade de Psicologia Clínica Cognitivo-Comportamental, denominada UPC3, criada pela Universidade de Coimbra (UC) e hoje apresentada, pretende disponibilizar serviços à comunidade e promover a saúde mental de crianças, jovens e adultos.
“É uma unidade aberta, qualquer pessoa pode ter acesso. Podem contactar-nos diretamente, mas também podem chegar por recomendação médica”, disse à agência Lusa Cristina Canavarro.
A nova plataforma, disponível na internet em www.upc3.pt, reúne uma equipa “altamente especializada de psicólogos clínicos com vasta experiência e certificados nas terapias cognitivo-comportamentais” da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação (FPCEUC) e de investigadores do Centro de Investigação em Neuropsicologia e Intervenção Cognitivo-Comportamental (CINEICC) da FPCEUC.
Cristina Canavarro explicou que o projeto surgiu há mais de dois anos, antes da pandemia de covid-19, mas “ficou suspenso” pela situação causada pelo novo coronavírus, e, embora “brevemente” vá possuir instalações físicas, numa primeira fase funciona exclusivamente ‘online’.
“Muitas pessoas têm preferido continuar ‘online’, ou por segurança, ou por conforto, ou porque estão longe. Apesar das instalações físicas [no futuro centro de cuidados de saúde aberto à comunidade da UC], será um formato para manter”, declarou a professora catedrática especialista em psicologia clínica.
Citada numa nota de imprensa, a coordenadora da UPC3 refere que a plataforma pretende “fornecer à comunidade um conjunto de serviços essenciais num formato inovador”, desde consultas e formação pós-graduada, até serviços de consultoria e supervisão clínica, “numa época em que devido à pandemia de covid-19 a saúde mental está na ordem do dia”.
“Estes tempos têm chamado a atenção para a importância da saúde mental. Enquanto psicólogos clínicos, temos tido imensas solicitações e pedidos de ajuda”, acrescenta Cristina Canavarro.
“Um maior número de pessoas sentiu-se vulnerável, mais fragilizado, e (embora resulte de uma adversidade) esta poderá ser uma oportunidade para destigmatizar a saúde mental”, nota a psicóloga clínica.
O lema do projeto – “um compromisso com a saúde mental e o bem-estar” – é, para Cristina Canavarro, um “sinal de ligação, responsabilidade e empenho em fazer sempre o melhor” nas diversas áreas de ação da plataforma.
“Impele-nos a avançar já, para poder auxiliar quem mais precisar nesta época de pandemia”, sublinha a coordenadora.
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