Coimbra

Covid-19: Presidente da Assembleia da República não entende como não se retiraram lições quanto aos lares

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 07-09-2020

 O presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, disse hoje não compreender como é que, nesta altura, ainda não se retiraram lições do que aconteceu nos lares numa primeira vaga da pandemia da covid-19.

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“Como é que se compreende que continuem apenas a fazer-se testes quando há pessoas que acusam positivo. Quando há uma pessoa num lar que acusa positivo, o caminho já está prejudicado, o caminho para uma vaga nesse lar já é muito forte”, afirmou Ferro Rodrigues.

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E prosseguiu: “É isso que não consigo perceber porque é que não se apreenderam lições da primeira fase e não se retiraram lições para a evolução da situação em julho e em agosto, nomeadamente”.

Estas declarações foram feitas na segunda parte da reunião sobre a evolução da covid-19 em Portugal, que decorre esta tarde, no Porto, e que não é aberta aos jornalistas, que assistem à sessão numa sala preparada para o efeito, contudo, a transmissão não foi interrompida e acabou por se ouvir a intervenção de Ferro Rodrigues.

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O encontro junta peritos, políticos e parceiros sociais e conta com a participação do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o primeiro-ministro, o presidente da Assembleia da República, líderes partidários, patronais e sindicais.

Outra das questões levantadas por Ferro Rodrigues foi a fiabilidade dos dados internacionais.

“Não consigo olhar para as estatísticas que mostram os número de casos em Portugal e na China sem ficar com um misto de perplexidade e de alguma irritação”, confessou.

O presidente da Assembleia da República questionou como é que é possível que a China apresente diariamente sete ou oito casos de novos infetados, enquanto Portugal apresenta às vezes 300 e 400 casos.

Perguntando se não há nenhuma organização internacional que obrigue à fiabilidade dos dados, Ferro Rodrigues frisou que não podem existir dados com consequências económicas graves para vários países, entre os quais Portugal, que não são comparáveis.

Não faz sentido que alguns países despejem informação que não é certamente verdadeira, referiu, acrescentando que se for verdadeira Portugal tem de estudar muito a sério o que as autoridades desses países estão a fazer para aprender com elas.

“Não faz sentido que hajam organizações internacionais que não prezem a verdade dos números e acontecimentos”, sublinhou.

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