O Centro de Investigação e Saúde da Manhiça (CISM), província de Maputo, sul de Moçambique, vai estudar a eficácia de uma vacina usada contra a tuberculose no país na luta contra a covid-19, anunciou hoje a entidade.
O coordenador da Área de Pesquisa de Infeções Respiratórias Agudas no CISM, Nelson Tembe, avançou, em declarações à emissora pública Rádio Moçambique (RM), que a pesquisa vai ser realizada a partir do próximo mês em profissionais de saúde.
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“Vamos ver se esta vacina vai diminuir a severidade e a incidência da covid-19. Pode ser que o resultado seja positivo”, afirmou Nelson Tembe.
O investigador referiu que estudos realizados noutros países revelaram que vacinas desenvolvidas para o combate à tuberculose podem produzir resultados satisfatórios contra o novo coronavírus.
“É uma vacina contra a tuberculose, mas existe a possibilidade de ter um efeito positivo no combate à covid-19”, declarou.
O CISM já reuniu todas as condições para o arranque do estudo em outubro, faltando apenas as necessárias autorizações por parte das autoridades competentes.
Desde o anúncio do primeiro caso, em 22 de março, Moçambique registou um total de 4.207 casos, 26 óbitos e 2.370 pessoas são dadas como recuperadas, segundo as últimas atualizações.
A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 863.679 mortos e infetou mais de 26 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
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