Coimbra

Cantanhede pede explicações ao ICNF sobre abate de pinheiros saudáveis

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 20-08-2020

O município de Cantanhede, no distrito de Coimbra, pediu hoje explicações ao Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) sobre o abate de pinheiros saudáveis na Tocha, junto ao parque de merendas das Berlengas.

A autarquia liderada por Helena Teodósio (PSD) disse hoje, em comunicado, que foi surpreendida na tarde de quarta-feira com o abate das árvores, lamentando que o ICNF “há mais de dois anos” ainda não tenha respondido a um pedido de autorização “para fazer a limpeza dos pinheiros queimados no incêndio de 2017”.

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A Câmara de Cantanhede adianta que, no início de julho, enviou para aquele organismo um alerta para situações graves ao longo da ciclovia de acesso à Praia da Tocha, “onde existem pinheiros secos que, diariamente, vão caindo para os locais onde passam pessoas, colocando em risco a segurança de todos os utilizadores”.

“É lamentável o que se passou, porque não fomos avisados previamente e os nossos serviços têm andado a monitorizar a zona por causa da queda de pinheiros”, considera a presidente do município, Helena Teodósio.

Segundo a autarca, o ICNF “devia ter tomado a decisão de fazer uma limpeza aos pinheiros que apresentam perigo para as pessoas e não estes que estavam saudáveis”.

O município não entende a ausência de respostas e exige uma explicação dos responsáveis do ICNF, referindo que vai “até às últimas consequências para obter uma resposta séria e credível, porque o que fizeram é um sinal de desleixo, incompetência e um autêntico ataque ambiental”.

“Queremos uma resposta clara a esta situação, até porque a Câmara e a Junta de Freguesia, ao contrário do que fazem circular, não tiveram responsabilidades neste assunto e é exigido que a instituição venha esclarecer este atentado ambiental, ainda para mais em plena época balnear e quando o parque de merendas até estava a ser utilizado por muitas pessoas”, salientou a autarca.

A agência Lusa contactou a Direção Regional de Conservação da Natureza e Florestas do Centro, mas não conseguiu obter uma explicação sobre a situação.

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