Em comunicado, a Polícia de Segurança Pública considera que os factos “ofendem a credibilidade, o prestígio e a confiança devidos à instituição, consubstanciando a prática de crime” e que vai ainda hoje apresentar queixa ao Ministério Público.
Segundo a PSP, o cartoon de Nuno Saraiva está aparentemente relacionado com uma ação com conotação política, ocorrida no sábado, em frente à sede da organização SOS Racismo, em Lisboa e associa “de forma explicita” a polícia “a um qualquer movimento político-ideológico”.
Essa conotação, adianta a nota, afeta “publicamente a isenção e apartidarismo que caracterizam a instituição, resultantes não só de obrigação estatutária e da condição policial, mas também da convicção dos polícias”.
A PSP “lamenta a leviandade com que o jornal e o cartoon em questão feriram a boa imagem da instituição e dos polícias que nela servem e protegem os nossos concidadãos” e lembra que a Estratégia 2020/2022 contempla a “isenção e rejeição de qualquer forma de extremismo e discriminação” como um valor e um pilar ético fundamental.