Coimbra
12 799 crimes graves e violentos no distrito de Coimbra
O distrito da Guarda voltou a registar o maior acréscimo de participações de criminalidade grave e violenta no país, revelam os principais dados do Relatório Anual de Segurança Interna (RASI), divulgados hoje.
O número de participações no distrito da Guarda aumentou 4,3 por cento relativamente a 2012, a que correspondem mais 185 casos participados de criminalidade grave e violenta.
Em 2013, o distrito da Guarda registou um total de 4.489 participações, quando o total quedou-se em 4.304 em 2012.
Relativamente a 2011, o distrito tinha registado um aumento de 43,8% em 2012.
O outro distrito em que também aumentaram as participações da prática de crimes graves e violentos no ano passado foi o de Viana do Castelo, com um crescimento de 2,5% relativamente a 2012.
O aumento traduziu-se em mais 206 casos participados em 2013, totalizando 8.389, quando o registo de 2012 fixou-se em 8.183.
De entre os 18 distritos e as duas regiões autónomas da Madeira e Açores, os indicadores de Guarda e Viana do Castelo são as únicas áreas administrativas do país em que aumentaram as participações de crime grave e violento.
Os dados apresentados pelo secretário-geral do Sistema de Segurança Interna, juiz desembargador Antero Luís, na residência oficial do primeiro-ministro, em São Bento, revelam que os distritos de Lisboa, com 90.740 participações, e Porto, com 60.889, somaram o maior número de participações em 2013 em todo o país, incluindo as regiões autónomas.
No distrito de Lisboa, a criminalidade grave e violenta participada desceu 10,9% comparativamente com 2012, enquanto no do Porto houve menos 3,9% de participações.
O somatório destes dois distritos corresponde ao maior número de participações de crimes graves e violentos.
Os distritos de Bragança, com 4.597 casos reportados às autoridades em 2013 (menos 11% do que em 2012), e de Coimbra, com 12.799 (diminuição de 10,8%), também registaram descidas significativas no número total de participações.
Em Setúbal (menos 1.501 ocorrências participadas, num total de 60.889), Braga (-330/23.743), Faro (-2.352/23.060), Aveiro (-1.391/21.778) e Leiria (-16.60/15.061) também desceram as participações.
Os distritos de Lisboa, Setúbal e Faro continuaram a ser os que apresentaram maior índice de crimes por mil habitantes.
O registo de crimes violentos e graves nos arquipélagos da Madeira e dos Açores sofreu uma redução de 7,1% e 4,6%, respetivamente.
O distrito de Lisboa foi o que revelou mais rácio daqueles crimes tipificados: 3,5 por mil habitantes, a que corresponde aproximadamente 44%.
Os distritos de Porto, Setúbal, Faro e Braga registaram um rácio de dois a 3,5 crimes por cada mil habitantes.
Estes cinco distritos reuniram 81% da totalidade de crimes violentos e graves reportados.
Antero Luís adiantou que, no ano passado, “aumentaram os crimes que não conseguem ser referenciados do ponto de vista do território”, tendo sido registados 91 casos “que não foi possível atribuí-los a nenhuma localidade específica”.
Sobre a criminalidade nas regiões do interior, o secretário-geral do Sistema de Segurança Interna disse que, “por força de mobilidade que hoje o país permite, começa a haver mais ilícitos criminais no interior”.
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